A nacional Niplan, que atende ao mercado de petróleo e gás, proteja um faturamento de R$ 900 milhões em 2014, contra R$ 777 milhões em 2013, valor que já havia sido 30% maior que o registrado no ano anterior, informou o diretor Nelson Neiva em entrevista à Petronotícias. Neiva, no entanto, alega que o mercado de petróleo e gás brasileiro passa por um momento de incertezas, "absolutamente difícil", e que o escândalo recente envolvendo a Petrobras só teria atrapalhado ainda mais o cenário.
Neiva reclama que os preços praticados no mercado são muito baixos, que o fluxo de caixa segue o mesmo movimento e que o capital de giro está difícil e caro. Para o faturamento da empresa, o setor de petróleo e gás contribui com uma participação entre 15% e 20%, percentual que poderia aumentar se o momento atual fosse mais propício aos negócios, acredita.
"Nós estamos bem fixados no Brasil, aguardando o que ocorrerá em 2015 e 2016, porque para expandir é necessário investimento, e hoje, capacidade de investimento, vontade de investimento, não é um produto fácil", alegou, mencionando ainda que o escândalo recente envolvendo a Petrobras atrapalha o mercado, pois acaba colocando sob suspeita todas as empresas que de alguma forma trabalham com a estatal. "É muito ruim você trabalhar de maneira correta, honesta e ser considerado um eventual suspeito disso tudo. O cenário está muito ruim", disse.
A Niplan, informou o diretor, tem contratos no Comperj, está produzindo um EPC para um grande laboratório de água gelada, e conta com contratos de longo prazo na Repar, no Paraná, e contratos com a Replan. "Nós tentamos manter para cada cliente, não só para a Petrobras, um limite de porcentagem, para não ficarmos dependentes de ninguém. Hoje nós estamos focando muito em contratos que nós possamos fazer de uma forma correta, sem sacrificar a empresa", disse ele à Petronotícias.