Um dia após o Fundo Monetário Internacional (FMI) traçar um recorte do crescimento da América Latina, o jornal El País divulgou uma matéria nesta quinta-feira (10) onde o Banco Mundial classifica o crescimento da região como ‘decepcionante’ e fala da necessidade da intensificação de reformas. Na matéria, o Banco Mundial diz que a taxa de crescimento dos países latino-americanos deverá ficar em 2,3% ao ano, dois décimos a menos do que foi previsto pelo FMI na véspera.
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A notícia do jornal espanhol ressalta ainda uma desaceleração generalizada nos países emergentes apontada pelo Banco Mundial. De acordo com a instituição, a taxa é menos da metade dos 5% de crescimento que vinha sendo mantida nos últimos anos.
De acordo com os dados indicados na matéria, os rendimentos dos países, contudo, são bastante heterogêneos. O menor crescimento previsto foi o da Venezuela, com 1%, enquanto que para o Panamá está prevista uma taxa de 7%, seguido pelo Peru, com 5,5%. Chile e Colômbia seguem com números superiores a 3,5% e o México, graças a reformas classificadas pelo FMI como impressionantes, deverá crescer 3%.
Segundo o El País, o Brasil aparece com resultados preocupantes. Maior economia da América Latina, o crescimento projetado para o país não chega nem a 2%. O Banco Mundial lamentou a ausência de uma agenda de reformas para tentar reverter esse quadro de baixos investimentos e economia prejudicada.
Apesar disso, a matéria aponta fatores que tornam a América Latina mais resistente a choques externos. O jornal espanhol ressaltou que a região caminha bem para um equilíbrio na forma em que se financia, dado que não é mais tão dependente de crédito de bancos internacionais, como era nos anos 1990. O jornal apontou ainda que no momento, a América Latina empresta mais recursos do que solicita.