Estudo realizado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda mostra que, em 2013, foram realizadas 18 licitações na área de transporte, energia, petróleo e gás, além de cinco autorizações de terminais de uso privativo. Os leilões representam um comprometimento de investimento por parte dos concessionários estimado em R$ 80,3 bilhões a serem realizados ao longo do prazo das concessões, que variam de 20 a 35 anos.
Por conta de obrigações contratuais, a maior parte desses investimentos será realizada nos próximos cinco anos. Os R$ 80,3 bilhões em investimento estão assim divididos: R$ 7 bilhões em aeroportos, R$ 2,4 bilhões em portos, R$ 28,7 bilhões em rodovias, R$ 26,6 bilhões em geração de energia, R$ 8,7 bilhões em linhas de transmissão e R$ 6,9 bilhões em petróleo e gás. Nesse último caso, tratam-se apenas dos investimentos estimados para a consecução do Programa Exploratório Mínimo, que avalia o potencial comercial dos campos licitados.
Os investimentos necessários à exploração comercial efetiva dos campos não estão incluídos no levantamento.
As concessões dos aeroportos de Confins, em Belo Horizonte, e Galeão, no Rio de Janeiro, somam-se às concessões dos terminais de Guarulhos (São Paulo), Brasília e Viracopos (Campinas), realizadas em fevereiro de 2012, e a de São Gonçalo do Amarante no Rio Grande do Norte, realizada em agosto de 2011.
Dessa forma, cerca de 90% do tráfego internacional de passageiros e 40% tráfego doméstico de passageiros estão sob administração privada.
Em 2013 foram cinco leilões de rodovias com deságios em relação à tarifa-teto que variaram de -42,3% (BR-050) a -61,1% (BR-040). Foram concedidos 4.247 quilômetros de rodovias federais que servem importantes polos econômicos brasileiros como a região centro-oeste, onde se concentra grande parte da produção de grãos do país.
No setor de energia foram licitados 7.145 megawatts em capacidade instalada de geração de energia no ambiente regulado, sendo 65,9% de eólica, 16% de hidrelétrica, 6,7% de PCH e 11,3% de biomassa. Dos 243 empreendimentos outorgados, 202 foram de projetos de parques eólicos. Não estão incluídos os projetos voltados exclusivamente a autoprodução e ao mercado livre. Foram ainda licitados 8.134 quilômetros de linhas de transmissão.