Dados negativos divulgados na Europa devem derrubar as principais bolsas de valores mundiais nesta sexta-feira, 31. Diante deste cenário, os índices europeus e o indicador futuro das bolsas norte-americanas operam em campo negativo.
Na Ásia, as bolsas encerraram o último pregão do mês em direções distintas. Enquanto a do Japão teve ligeira alta, em função da divulgação de dados favoráveis de atividade industrial e de inflação, a da China fechou em queda, à espera do índice PMI oficial, que será divulgado no final de semana.
Enquanto isso, na Europa, as bolsas operam em baixa refletindo os dados sobre o desemprego na região. Há pouco, o CAC-40, de Paris, registrava perdas de 0,46%, aos 3.977 pontos. E o DAX, de Frankfurt, desvalorizava 0,55%, aos 8.354 pontos. E o índice FTSE-100 perdia 0,86%, aos 6.600 pontos.
Contribuindo para o pessimismo global, o Escritório de Estatísticas Europeu, Eurostat, revelou que o desemprego da Eurozona continua subindo e em abril alcançou o recorde histórico de 12,2%, ou seja, 19 milhões de pessoas desempregadas. Em um ano, a taxa de desemprego subiu em 1,644 milhão de pessoas na Eurozona e em 1,673 milhão na União Europeia, disse o Eurostat. Entretanto, 23,5% dos jovens estavam sem emprego em abril, acrescentou o organismo. Sobretudo em Espanha (56,4%), Portugal (42,5%) e Itália (40,5%).
Além disso, o Escritório divulgou que a inflação anual na Zona do Euro deve avançar a 1,4% em maio, ficando acima da taxa de 1,2% divulgada no mês anterior. O resultado veio em linha com o esperado por analistas.
Por outro lado, o Departamento Federal de Estatísticas, Destatis, afirmou que o índice das vendas no varejo da Alemanha recuaram 0,4% em maio de 2013, se comparado ao mês anterior, já com ajustes sazonais.
Em Wall Street, o indicador futuro das bolsas norte-americanas aponta para uma abertura em campo negativo. Mas, investidores aguardam a divulgação do índice de confiança da Universidade de Michigan de maio e o rendimento pessoal de abril.
Aqui no Brasil, o Ibovespa deverá operar em linha com o mercado externo, após ficar fechado ontem devido ao feriado de Corpus Christi.
Entre as informações locais que ganham destaque, pelo terceiro ano consecutivo, o Brasil perdeu espaço no cenário competitivo internacional. Divulgado ontem, pelo International Institute for Management Development (IMD), o Índice de Competitividade Mundial 2013 (World Competitiveness Yearbook - WCY) aponta que o Brasil caiu cinco posições em relação a 2012, ocupando o 51º lugar no ranking geral.
Por fim, no mercado de câmbio, o dólar deverá apresentar ganhos em relação às demais moedas.