O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas avançou 0,8% entre abril e maio, ao passar de 104,2 para 105,0 pontos. Após duas quedas consecutivas, o índice volta a ultrapassar a média histórica recente, devolvendo a queda registrada em abril e retornando ao patamar de março.
O aumento da confiança em maio reflete melhores avaliações em relação à situação atual. Após três quedas sucessivas, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,1%, ao passar para 105,7 pontos. Em sentido contrário, o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,7%, registrando 104,2 pontos. Apesar de permanecer acima da média, o IE mantém a trajetória de queda e atinge o menor nível desde novembro.
O nível de demanda foi o quesito com maior influência na recuperação do ISA. Liderado pela percepção das empresas quanto à demanda interna, o indicador cresceu 2,8% entre abril e maio, atingindo 103,1 pontos, o maior patamar desde janeiro (105,8). A parcela de empresas que avaliaram o nível de demanda como forte variou pouco, de 13,5% para 13,3%; mas a proporção das que o consideram fraco diminuiu de 13,2% para 10,2%.
O quesito que mede as expectativas para a produção prevista foi determinante para a queda do IE neste mês. O indicador registrou 126,9 pontos, com queda de 1,9% em relação a abril. O indicador de maio, o menor desde agosto (125,8), encontra-se agora ligeiramente abaixo de sua média recente (127,1). A proporção de empresas que esperam aumentar a produção nos três meses seguintes diminuiu de 39,4% para 38,3%, enquanto a parcela das que preveem menor produção aumentou de 10,1% para 11,4%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) avançou 0,4 ponto percentual em maio, atingindo 84,6%, o maior desde janeiro de 2011 (84,7%).