O setor bancário liderou as reclamações no Procon de São Paulo em 2012, seguido do setor de telefonia, de acordo com informações da assessoria de imprensa da fundação publicadas nesta quarta-feira. O Itaú Unibanco foi o primeiro lugar da lista, seguido da Telefônica, Claro, Bradesco e TIM.
O setor bancário registrou 35.012 reclamações no Procon em 2012 e o setor de telefonia móvel teve 28.332. Em terceiro lugar aparecem os setores de telefonia fixa, com 27.519, na sequência estão cartão de crédito (25.111), telefone convencional, celular, interfone (18.253), financeira (14.864), móveis (14.250), plano de saúde (13.491), microcomputador e produtos de informática (12.560) e TV por assinatura (10.767).
O grupo Itaú Unibanco recebeu 10.306 reclamações, seguido da Telefônica, com 9.683, da Claro (7.403), do Bradesco (6.063), TIM Celular (3.843), Santander (3.672), NET (3.440), Eletropaulo (2.934), B2W (2.603) e Oi (2.591).
Os maiores problemas citados pelo consumidor no caso do setor bancário foram a cobrança de valores não reconhecidos em faturas de cartões de crédito e conta corrente e a cobrança de tarifas abusivas.
No setor de telecomunicações, os principais problemas estão relacionados ao não cumprimento dos pacotes ofertados, inoperância do serviço e dificuldade de cancelamento do serviço, conforme o Procon. O varejo online e o convencional concentraram problemas com a entrega dos produtos, diz o órgão de assistência ao consumidor.
O Procon afirma que resolveu 85% dos casos no primeiro atendimento. Segundo o diretor executivo em exercício do Procon-SP, Carlos Coscarelli, o grande problema das empresas listadas no ranking é a ineficiência do pós-venda, que sofrem com os baixos investimentos das empresas.
O Bradesco afirmou em nota que reduzir os índices de reclamação é foco permanente do banco e todos os apontamentos são acompanhados de perto pela ouvidoria. "O objetivo é oferecer qualidade no atendimento a todos os clientes e usuários de seus produtos e serviços. Entre as ações adotadas, estão os investimentos em treinamento do quadro de colaboradores, que tem se mostrado fundamental para a qualidade do atendimento; o contínuo investimento em infraestrutura; e a adoção de medidas necessárias com as áreas internas, envolvidas nas manifestações, a fim corrigir eventuais falhas e melhorar cada vez mais a qualidade do atendimento".