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Balanços e dados econômicos devem dar ritmo às bolsas

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As principais bolsas de valores mundiais devem apresentar avanços, com os investidores animados com balanços financeiros melhores do que o esperado e dados da agenda econômica. Diante deste cenário, os índices europeus e o indicador futuro das bolsas norte-americanas operam em campo positivo.

Já na Ásia, a maioria das bolsas encerrou a sessão desta quinta-feira, 25, em alta, sob a influência positiva dos sinais de recuperação do mercado imobiliário norte-americano, de acordo com dados conhecidos ontem, ao lado da expectativa de que o Banco do Japão poderia anunciar mais estímulo monetário na próxima semana; a exceção ficou por conta das bolsas chinesas, que mantiveram a tendência de queda dos últimos dias. A bolsa de Tóquio encerrou a sessão em alta. O índice Nikkei 225 avançou 1,13%,  aos 9.055,20 pontos. Foi o maior fechamento desde 25 de setembro.

No mesmo sentido, as bolsas europeias operam em alta, após divulgação preliminar do PIB britânico do terceiro trimestre, que veio acima das expectativas do mercado.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Grã-Bretanha saiu de um prolongado período de recessão e registrou um sólido crescimento de 1% no terceiro trimestre. O valor combinado dos produtos e serviços aumentou no período de julho a setembro, depois de uma fase de contração nos últimos três trimestres, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas.

Ainda no ambiente europeu, o governo da Grécia está decidido a aplicar a política de austeridade exigida pelos credores internacionais para garantir pagamentos cruciais para o país, apesar da oposição, inclusive dentro do governo.

E no front corporativo, o banco espanhol Santander, número um da Eurozona em capitalização, registrou uma queda expressiva do lucro líquido no terceiro trimestre de 2012, a € 100 milhões, contra € 1,8 bilhão no mesmo período do ano passado, em consequência de importantes provisões por pressão das autoridades. Nos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido caiu 66%, a € 1,804 bilhão, para um produto líquido bancário de € 22,994 bilhões.

Há pouco, o CAC-40, de Paris, operava com ganhos de 0,50%, aos 3.443 pontos, o DAX, de Frankfurt, valorizava 0,61%, aos 7.236 pontos. E o índice FTSE-100, de Londres, tinha alta de 0,28% aos 5.821 pontos.

Em Wall Street, o indicador futuro da bolsa norte-americana acompanha o movimento de alta, com a expectativa de que o indicador semanal de pedidos de auxílio-desemprego, a ser anunciado às 10h30, confirme recuperação no mercado de trabalho.

Por aqui, o Ibovespa, deverá seguir em linha com o mercado externo.

Abrindo a agenda de indicadores brasileiros, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, registrou alta de 0,84% na terceira quadrissemana de outubro, contra os 0,77% registrados na segunda quadrissemana do mês.

Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas recuou ligeiramente entre setembro e outubro, ao passar de 122,1 para 121,7 pontos, correspondendo a uma variação de -0,3%.

No mesmo sentido, a pesquisa mensal de emprego, que produz indicadores mensais sobre a força de trabalho que permitem avaliar as flutuações e a tendência, a médio e a longo prazos, do mercado de trabalho, nas suas áreas de abrangência, revelou que a taxa de desocupação foi estimada em 5,4% em setembro de 2012 nas regiões de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, a menor taxa para um mês de setembro desde o início da série histórica, em 2002. O resultado foi apresentado hoje, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já entre os balanços corporativos, o lucro da Vale caiu 66,2% no terceiro trimestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2011, devido à queda dos preços internacionais e da demanda em um contexto de crise econômica mundial.

Por fim, no mercado de câmbio, as moedas internacionais devem se valorizar em relação ao dólar.