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Declarações do FMI devem influenciar pregão nesta terça-feira

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Relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) revisando para baixo a expectativa de crescimento mundial para 2012 e 2013 deixa investidores preocupados com a situação da economia global e bolsas devem oscilar entre ganhos e perdas nesta terça-feira. Com isso, os índices europeus e o indicador futuro das bolsas norte-americanas operam em direções opostas.

Na Ásia, as bolsas percorreram trajetórias distintas: no Japão, onde o mercado esteve fechado ontem por feriado, a bolsa apresentou retração importante, o que se observou também na Tailândia e nas Filipinas; por outro lado, as bolsas de China, Hong Kong, Austrália e Índia operaram com ganhos, apesar das revisão para baixo na expectativa de crescimento mundial para 2012 e 2013 divulgadas na noite de ontem em relatório do FMI. Diante deste cenário, o índice Nikkei 225 dos principais valores perdeu 93,71 pontos, a 8.769,59 pontos (-1,06%).

Enquanto isso, na Europa, as bolsas operam de lado com um volume de negócios reduzidos nas bolsas regionais em meio a um sentimento de espera quanto às negociações entre os ministros das Finanças europeus, que continuam reunidos nesta terça-feira.

Há pouco, o CAC-40, de Paris, operava com ganhos de 0,18%, aos 3.412 pontos, o DAX, de Frankfurt, desvalorizava 0,38%, aos 7.263 pontos. E o índice FTSE-100, de Londres, tinha queda de 0,18% aos 5.831 pontos.

Além disso, a chanceler alemã, Angela Merkel, chega hoje à Grécia para dar seu apoio ao governo grego em meio a grandes medidas de segurança e com manifestações previstas, na que será sua primeira visita ao país desde o início da crise econômica, há mais de dois anos. Milhares de policiais criarão uma zona de segurança destinada a manter os manifestantes afastados para que Merkel possa se reunir sem problemas com o primeiro-ministro conservador, Antonis Samaras, e com o presidente, Carolos Papoulias.

Além de todo este cenário, o FMI se mostrou preocupado pelos riscos gerados pelos problemas ainda em aberto na Zona Euro. E afirmou que região apresentará contração de 0,4% este ano.

Para os Estados Unidos, o órgão ressaltou uma possível crise fiscal no início de 2013, produto do desacordo político no Congresso desse país. Como resultado "as previsões (para a região) têm se deteriorado com relação a abril de 2012", explicou o texto. E afirmou que os EUA crescerão 2,2% este ano.

Em Wall Street, o índice futuro das bolsas norte-americanas aponta para uma abertura em direções opostas.

Por aqui, o Ibovespa, deverá seguir em linha com o mercado externo.

Abrindo a agenda de indicadores brasileiros, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou que os índices regionais da produção industrial mostraram taxas positivas em nove dos 14 locais pesquisados, na passagem de julho para agosto de 2012, acompanhando o aumento no ritmo da produção nacional, na série ajustada sazonalmente. Diante deste cenário, Goiás, com crescimento de 10,3%, apontou o avanço mais acentuado, compensando parte da queda de 13,3% verificada em julho.

Além disso, o FMI declarou que o Brasil deverá crescer 1,5% neste ano, em linha com o último relatório Focus, divulgado ontem, 08.

Por fim, no mercado de câmbio, o euro e libra devem perder valor diante do dólar.