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Taxa de desemprego nos EUA alavanca Ibovespa

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O principal índice acionário da BM&FBovespa, o Ibovespa, opera em campo positivo em linha com as praças internacionais que avaliam os dados sobre emprego nos Estados Unidos. Além disso, o discurso do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, continua no radar dos investidores globais. Há pouco, o Ibovespa valorizava 1,39%, aos 59.271 pontos. O giro financeiro da bolsa marcava R$ 2.287 bilhões.

De acordo com relatório diário da Lerosa Investimentos, nem mesmo a recuperação das commodities no dia de ontem, 04, fez a bolsa brasileira se livrar da terceira queda consecutiva. Esse desempenho medíocre preocupa, principalmente pelo fato dos pares estrangeiros terem desfrutado de semana confortável e de alta. Enquanto as bolsas americanas e europeias aproveitam o noticiário benigno e mostram força, os ativos locais sofrem para se livrar da falta de atratividade. Para hoje, o cenário não é muito diferente. A bolsa deve abrir em alta, impulsionada por compras de “oportunidade”, mas investidores locais terão que contar com indicadores estrangeiros positivos para observarem algum tipo de demanda pelos ativos locais. Problemas regulatórios, intervenções do estado na economia, desaceleração chinesa... Todos esses pontos deixam a bolsa brasileira em segundo plano. As ações da Vale podem ser destaque do dia com a proximidade do acordo com o DNPM.  Construção civil pode ver algumas empresas melhorando por conta do aumento dos estímulos para o programa MCMV. São motivos pontuais que põem dar um pouco de luz no fim do túnel. Se lá fora for observada realização, temos espaço para que o índice recue para 57.500 pontos.

Na Europa, investidores seguem animados com o discurso de Draghi. Já entre os dados da agenda europeia, a produção industrial espanhola voltou a registrar queda em agosto, com um retrocesso de 3,2%, mas menor que em julho, mês em que a baixa alcançou 5,5%, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). A produção industrial espanhola caiu 8,4% em abril, 6,6% em maio e 6,3% em junho.

Já em Wall Street, foi divulgado que a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu de maneira surpreendente a 7,8% em setembro, o menor nível desde que o presidente Barack Obama assumiu o governo em janeiro de 2009, de acordo com os números oficiais divulgados nesta sexta-feira. As empresas criaram em setembro 114.000 empregos a mais do que os suprimidos, informou o Departamento do Trabalho. O número é inferior ao previsto pelos analistas (120.000 postos líquidos). O governo revisou em forte alta a estimativa de contratações nos dois meses anteriores.

Abrindo a agenda de indicadores brasileiros, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que tem por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, apresentou variação de 0,57% em setembro e ficou 0,16 ponto percentual acima da taxa de 0,41% registrada em agosto. E contribuindo para a alta do índice, os alimentos se mantiveram na liderança dos resultados de grupos, apresentando ganhos de 1,26%.

Além disso, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em convênio com a Caixa, apresentou variação de 0,25% em setembro, recuando 0,54 ponto percentual em relação a agosto (0,79%). Considerando os meses de janeiro a setembro de 2012, a taxa de 4,64% está abaixo de igual período do ano anterior, quando havia ficado em 4,74%. O resultado dos últimos doze meses situou-se em 5,55%, pouco acima dos 5,49% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2011, a variação foi de 0,19%.

Entre as oscilações positivas em destaque na sessão estão os papéis da Brookfield (ON) que avançavam 6,36% e a Gafisa (ON) que apresentavam alta de 5,28%. Em contrapartida, entre os destaques negativos, estão os papéis da B2W (ON), que recuavam 3,57% e a Brasil (ON) que apresentavam revés de 2,41%.