O dólar comercial operava estável nas primeiras ofertas do dia, com investidores de olho nas notícias sobre políticas monetárias ao redor do mundo. A moeda norte-americana era cotada a R$ 2,021 na compra e R$ 2,023 na venda.
De acordo com relatório diário da Lerosa Investimentos, a volatilidade do dólar frente ao real permanece deprimida, com a expectativa de que o Banco Central monitore a moeda para que não se desvalorize abaixo do patamar de R$ 2,00. O mercado deve precificar uma melhora na percepção de risco, com o dólar em queda frente ao euro, com os dados de pedido de seguro desemprego e pedidos de fábricas concentrando as atenções na agenda de indicadores econômicos.
Entre as principais informações do Velho Continente, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a taxa básica de juros em seu patamar mínimo histórico de 0,75%, em vigor desde julho, anunciou o porta-voz da instituição após a reunião do conselho de ministros no castelo de Brdo, perto de de Ljiubljana (Eslovênia). Os analistas previam a manutenção da taxa, apesar do contesto recessivo na Eurozona, e aguardam agora a entrevista coletiva do presidente do BCE, Mario Draghi, que pode revelar detalhes do programa de compra de dívida pública de países do bloco anunciado mês passado.
Mais cedo, o Banco Central da Inglaterra anunciou, em sua reunião de política monetária, a manutenção da taxa básica de juros em 0,50% e do programa de compra de ativos em £ 375 bilhões, em linha com o esperado. Além disso, o comitê afirmou que o programa levará mais um mês para se completar.
Além disso, a Espanha emitiu nesta quinta-feira títulos da dívida a dois, três e cinco anos pelo valor de € 3,992 bilhões, com juros em queda em duas das três operações. Na emissão a dois anos, os juros caíram a 3,282% (contra 5,204% em 19 de julho), enquanto a cinco anos recuaram a 4,766% (contra 6,459% em 19 de julho). Na operação a três anos, os juros subiram a 3,956% (contra 3,845% em 20 de setembro).
Já em Wall Street, investidores aguardam a divulgação da ata do FOMC (Federal Open Market Committee) que deverá sair nesta tarde.
Além disso, os novos pedidos de seguro desemprego aumentaram nos Estados Unidos nos últimos dias de setembro, depois de cair a seu nível mais baixo em um ano, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo departamento do Trabalho. Na semana de 23 a 29 de setembro, foram recebidos 367.000 pedidos de seguro desemprego, em dados corrigidos por variações sazonais, 1,1% a mais que na semana anterior.
Por aqui, abrindo a agenda de indicadores brasileiros, o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações aponta 135 pedidos de falências no mês de setembro, em todo o país. O número foi menor que os 192 requerimentos de agosto. Este indicador é construído a partir do levantamento mensal das estatísticas provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados, e é segmentado por porte.