As principais bolsas de valores mundiais devem operar com avanços diante de uma melhora nos indicadores no Velho Continente. Enquanto isso, os índices europeus e o indicador futuro das bolsas norte-americanas indicam sinais positivos.
Na Ásia, a maior parte das bolsas fechou em baixa na primeira sessão da semana, após a divulgação de indicadores sugerindo contração no setor de manufatura da China novamente em setembro. Mas vale destacar que mercados na China, em Hong Kong e na Coreia do Sul não abriram devido a feriado, o que diminui a liquidez regional. Com isso, a Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 0,83%. O índice Nikkei perdeu 73,65 pontos, a 8.796,51 unidades.
No gigante asiático, a produção manufatureira registrou contração em setembro, pelo segundo mês consecutivo, anunciou o governo, que pode ser obrigado a adotar novas medidas de estímulo da economia, segundo os analistas. O índice PMI dos diretores de compras compilado pela Federação Chinesa de Logística e Compras (CFLP) foi de 49,8 pontos em setembro, contra 49,2 em agosto.
Por outro lado, as bolsas europeias operam em alta consistente nesta manhã, respondendo a uma leitura positiva dos resultados do teste de stress dos bancos espanhóis anunciado na última sexta-feira e em meio a um conjunto de índices PMIs que, embora ainda abaixo do nível neutro, mostram ligeira melhora em setembro.
Há pouco, o CAC-40, de Paris, operava com ganhos de 1,46%, aos 3.403 pontos, o DAX, de Frankfurt, valorizava 1,04%, aos 7.291 pontos. E o índice FTSE-100, de Londres, tinha alta de 1,10% aos 5.805 pontos.
Entre os dados da agenda, o índice dos gerentes de compras (PMI) da indústria de transformação da Área do Euro subiu para 46,1 pontos em setembro, de 45,1 em agosto, e levemente acima da leitura preliminar, de 46 pontos. Já o PMI da Alemanha subiu de 44,7 em agosto para 47,4 pontos em setembro e o da Itália avançou de 43,6 para 45,7 pontos. Por outro lado, na França, o índice caiu de 46,0 para 42,7 pontos, ligeiramente superior ao de Grécia (42,2 pontos).
Contudo, o desemprego na Eurozona bateu recorde em agosto, a 11,4%, arrastado pela Espanha, onde o índice foi de 25,1%, anunciou a agência oficial de estatísticas Eurostat. Em agosto, o desemprego alcançou 11,4% (18,196 milhões de pessoas) na zona do euro, contra 11,3% em julho, segundo a Eurostat. A Espanha registrou taxa de 25,1% e ficou à frente da Grécia (24,4%, segundo os últimos dados disponíveis de junho).
Ainda no ambiente europeu, a Grécia prevê o sexto ano de recessão em 2013, com uma contração de 4% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o anteprojeto de orçamento que deve ser apresentado ao Parlamento nesta segunda-feira, informou a agência de notícias semioficial ANA.
Já em Wall Street, o indicador futuro das bolsas norte-americanas aponta para uma abertura em alta. Mas, investidores aguardam a publicação do índice ISM da industria de transformação de setembro e divulgação dos Gastos com construção de agosto.
Por aqui, o Ibovespa, deverá seguir em linha com o cenário externo.
Abrindo a agenda de indicadores brasileiros, o IPC-S de 30 de setembro de 2012 apresentou variação de 0,54%, 0,01 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Com este resultado, o indicador acumula alta de 4,07%, no ano, e 5,73%, nos últimos 12 meses.
Já o boletim Focus, do Banco Central (BC) mostrou um uma projeção do PIB estável. Com isso, na medição, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional para 2013 permaneceu em 4,00%. Já para este ano, o prognóstico do PIB ficou em 1,57%.
Por fim, no mercado de câmbio, a maioria das moedas se valoriza em relação ao dólar, o que nos leva a esperar pressão pela valorização do real.