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Petrobras vai investir US$ 236,6 bi nos próximos 5 anos

US$ 131,6 bi serão destinados ao setor de exploração e produção

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A Petrobras vai investir US$ 131,6 bilhões em exploração e produção, do total de US$ 236,6 bilhões de investimentos da estatal nos próximos cinco anos. O anúncio foi feito em coletiva na tarde desta quarta-feira(14) pelo diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Miranda Formigli Filho, durante sua apresentação do Plano de Negócios para o setor, no Centro do Rio. Segundo afirmou, os bons resultados obtidos na área de exploração possibilitarão “transformar em fluxo o que hoje é reserva”. Foram anunciados ainda investimentos por áreas, previsões de produção e novos projetos.

O diretor informou que a estimativa de duração das reservas, mantendo-se o atual nível de produção, é de 19,2 anos. Com isso, a companhia pretende aumentar a produção seguindo a meta de manter a relação Reserva/Produção por mais de 15 anos.

“Esse é um dos nossos maiores patrimônios. Reservas provadas de mais de 15.7 bilhões de barris que, à medida em que o tempo passa, se transformam em fluxo de caixa”, explica o diretor.

Dos  US$ 236,6 bilhões investidos, US$ 131,6 bi irão para a área de Exploração e Produção, com 68% investidos em desenvolvimento da produção, 19% para exploração e 12% em infraestrutura e suporte.

Formigli anunciou ainda que a participação do pré-sal na produção saltará de 5% em 2011, para 30% em 2016.  “Hoje, a porção do pré-sal já representa 7%. São 140 mil barris de óleo por dia apenas pela Petrobras”, informou. 

Ele enfatizou que a chegada ao pré-sal foi ‘um tiro certeiro que abriu uma oportunidade imensa à empresa’. Mesmo assim, o diretor alerta que devido ao grande volume de produção é necessário buscar outras áreas de exploração:

“Os técnicos agora estão olhando outros lugares. A Petrobras é muito mais do que ‘apenas’ o pré-sal”. 

Formigli também comentou que a Petrobras vai ajudar a defender a Transocean e a Chevron na Justiça. As companhias foram proibidas de operar no país pela Agência Nacional de Petróleo depois de causarem vazamento de 3,7 mil barris de petróleo no fim do ano passado.

“Vamos ajudar a mostrar à Justiça que, em nossa visão, não há razão para este embargo  estabelecido para as operações da Transocean aqui no Brasil”, afirmou.

Ele disse ainda que a manutenção dessa decisão teria impacto na empresa: "Temos oito sondas com a Transocean, sete delas em operação. Claro que tem impacto, por isso nosso jurídico vai trabalhar em conjunto com a Transocean”, concluiu.

Foram anunciadas também novas tecnologias, como o separador e o sistema de injeção submarino de água, além da incorporação de 33 novas sondas até 2020. Destas, oito devem entrar em operação até 2016.