Investidores reagem aos dados econômicos desanimadores na China e o dólar comercial sobe. Há pouco, a cotação da moeda subia 0,20%, a R$ 2,021. “O humor do mercado global deve piorar nesta sexta-feira, pois há certo desanimo pela longa duração do período em que os negócios se sustentam não em fundamentos concretos, mas sim na esperança de que vá melhorar num ambiente de predominância de incertezas e complexidade”, disse Sidnei Moura Nehme, Economista da NGO Corretora.
Contribuindo para o desânimo no mercado, o superávit comercial da China registrou uma forte redução em julho, mês em que as exportações aumentaram apenas 1% (totalizando US$ 176,9 bilhões) na comparação com o mesmo mês em 2011 e as importações subiram 4,7% (a US$ 151,8 bilhões).
“No Brasil, o nosso mercado de câmbio “anda de lado”, mantém a taxa do dólar no mercado à vista no entorno de R$ 2,02 e no mercado de derivativos as posições se mantem praticamente inalteradas desde o inicio do mês e a liquidez é baixa, o que leva os “vendidos” (os bancos) a atuarem contendo eventuais pressões de alta e até conquistando pequenas baixas”, afirmou Nehme.
O economista acredita que a tendência do preço do dólar é de gradualmente se elevar, considerando o fato de que o fluxo de recursos para o Brasil ter viés cadente e isto ir exaurindo o saldo das posições compradas dos bancos no mercado à vista, atualmente num montante pouco acima de R$ 2,0 Bi. “É só uma questão de tempo”, finalizou o economista.