O crescimento acima
do esperado do PIB da Alemanha aliviou o mercado financeiro, atormentado pelos
temores em relação à saída da Grécia da zona do Euro, que pode voltar à antiga moeda,
o drachma. Um dia após as
bolsas europeias e a Ibovespa apresentarem a maior queda do ano, o anúncio da
expansão do PIB, feito pelo Escritório Federal de Estatísticas alemão
(Destatis), fez com que as bolsas na Eurozona abrissem em alta. Economistas
previam um crescimento de 0,1% do PIB germânico nos três primeiros meses de
2012, mas o número apresentado nesta terça-feira superou as expectativas: o
crescimento foi de 0,5%.
As principais Bolsas de Valores da Europa abriram o dia operando em alta. Há pouco, o índice FTSE-100, de Londres, subia 0,18%, aos 5.475 pontos. O CAC-40, de Paris, registrava alta de 0,47%, aos 3.072 pontos. E o DAX, de Frankfurt, valorizava 0,35%, aos 6.474 pontos. Entre as maiores quedas, encontram-se a International Consolidated Airlines Group (-3,7%) e a Experian (-1,95%).
O reflexo do bom resultado da Alemanha também foi sentido nas bolsas asiáticas, que tiveram fechamentos diversos. Após oito sessões consecutivas de queda, a bolsa de Hong Kong fechou em alta de 0,8%, assim como a Bolsa de Taipé, em Taiwan, que subiu 0,25%. A Bolsa de Cingapura também fechou a sessão em alta de 0,4%, aos 2.876,70 pontos. Já as bolsas da China não resistiram e caíram devido a situação da Grécia. O índice Xangai Composto recuou 0,3% e o índice Shenzhen Composto teve queda de 0,1%. A Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, teve o mesmo movimento, encerrando em queda de 0,77%.
Ibovespa
No Brasil, a Ibovespa abriu em alta, operando há pouco com movimento positivo de 0,21%. Ações do grupo Marfrig e BR Malls operam em alta de 3,17% e 2,53%, respectivamente. Já as maiores quedas são dos papeis da MRV Engenharia e Rossi, com baixas de 7,03% e 3,09%, respectivamente.
Recessão europeia
O resultado positivo alemão salvou o bloco europeu da recessão, sendo o único país a apresentar crescimento no primeiro trimestre deste ano. O crescimento da França foi zero. Na Grécia, a queda do PIB neste mesmo período foi de 6,2% e em Portugal a baixa foi de 2,2%. Os dados do primeiro trimestre também revelaram uma recessão na Espanha, cujo PIB caiu 0,4%. A Itália também não escapou da queda da atividade, que recuou 1,3% neste primeiro trimestre.