O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas ficou praticamente estável em fevereiro de 2012, ao passar de 102,3 para 102,5 pontos, uma variação de 0,2%. Com o resultado, o índice registra o sétimo mês consecutivo abaixo da média histórica desde 2003, de 103,8 pontos. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A evolução do ICI decorreu de melhora na percepção sobre a situação presente e de ligeira piora das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) avançou pelo terceiro mês seguido, em 0,6%, ao passar para 103,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE) recuou 0,4%, para 101,3 pontos, após evoluir favoravelmente por quatro meses consecutivos. A combinação de resultados sugere que a aceleração do ritmo de atividade do setor vem ocorrendo de forma lenta.
O indicador que avalia os estoques na indústria segue exercendo influência favorável sobre o ISA. A proporção de empresas afirmando estar com estoques excessivos (líquido daquelas com estoques insuficientes) baixou de 8,0 % em dezembro, para 5,1 % em janeiro e 4,3 % em fevereiro. Neste último mês, a parcela de empresas que avaliam o nível atual de estoques como excessivo atingiu 5,7% , enquanto 1,4% o consideraram insuficiente.
As expectativas dos empresários industriais para o meses seguintes tornaram-se menos otimistas em relação à produção. Das 1.142 empresas consultadas, 36,7% preveem aumentar a produção no trimestre fevereiro-abril de 2012 e 12,6% pretendem reduzi-la. Em janeiro, estes percentuais haviam sido de 33,0% e 5,7%, respectivamente, para o trimestre seguinte.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) ficou estável em 83,7% em fevereiro. O patamar supera a média registrada desde 2003, de 83,3%, mas é ainda inferior à média dos últimos cinco anos, de 83,8%.