ASSINE
search button

IBRE divulga Sondagem de Investimentos de novembro

Compartilhar

A edição de outubro-novembro de 2011 da Sondagem de Investimentos da Fundação Getulio Vargas obteve avaliações das empresas industriais brasileiras sobre o ano corrente assim como expectativas para o ano seguinte em relação a temas como investimento, contratações e vendas. Ao longo do bimestre foram consultadas 880 empresas, responsáveis por vendas de R$ 539 bilhões. 

As avaliações feitas em relação a 2011 mostram resultados menos favoráveis que os do ano passado nos três temas pesquisados. 

Em relação aos investimentos em capital fixo, a parcela de empresas que registram maiores gastos no ano corrente manteve-se em 54% do total; mas houve aumento de 17% para 20% na proporção de empresas acusando redução do investimento. Em relação ao emprego, a proporção de empresas que apontam aumento do total de pessoal ocupado no ano corrente diminuiu de 54%, em 2010, para 43%, em 2011. 

Já a proporção de empresas com diminuição do efetivo de mão-de-obra aumentou de 9% para 15% no mesmo período. Quanto ao faturamento, 62% das empresas apontam crescimento das vendas em 2011, 8 pontos percentuais a menos que no ano passado. 

O fraco desempenho recente da indústria e as incertezas no cenário da economia mundial se refletem nas previsões para 2012, que são menos favoráveis em todos os quesitos. 

Investimentos 

Com relação aos investimentos em capital fixo, 50% das empresas programam gastar mais em 2012, contra 55% que previam o mesmo no bimestre outubro-novembro do ano passado. Já a parcela das que projetam diminuição de investimentos aumentou de 15% para 17% no mesmo período. 

Houve diminuição da parcela de empresas programando investir mais no ano seguinte em todas as categorias de uso , exceto em não duráveis de consumo. Neste segmento, a proporção de empresas prevendo aumento de investimentos passou de 51% para 54% entre 2011 e 2012. 

A previsão para a evolução dos investimentos no ano seguinte é também quantificada, por faixas de crescimento (ou redução). Entre as empresas que preveem investir mais, a faixa mais citada foi a de crescimento entre 5,1% e 10%, apontada por 36% das empresas (33% em 2011). Crescimento entre 10,1% e 20% foi previsto por 24% das empresas, o mesmo percentual do ano passado; evolução positiva entre 0,1% e 5% foi prevista por 20% dos informantes (17% em 2011); e um crescimento superior a 20% foi projetado por 20% das empresas, uma queda de 6 pontos percentuais em relação aos 26% do ano passado. 

Pessoal Ocupado 

As expectativas para contratações pela indústria são menos favoráveis para o ano que vem. A parcela de empresas que pretendem aumentar o total de pessoal ocupado passou de 43%, nas previsões feitas para 2011, para 36%; no mesmo período, a proporção das que preveem redução do contingente de mão-de-obra aumentou de 8% para 10%. 

Entre as categorias de uso, o setor de não duráveis registra as melhores expectativas, com 41% das empresas prevendo aumento do pessoal ocupado e apenas 8%, redução. O pior resultado no quesito emprego é o de bens de capital, em que as mesmas parcelas foram de 31% e 12%, respectivamente. 

Faturamento 

A proporção de empresas prevendo crescimento real das vendas no ano seguinte (descontada a inflação), passou de 72% em 2011 para 69% em 2012. A das que projetam diminuição do faturamento no ano seguinte aumentou de 6% para 8%. 

Entre as empresas que projetam aumento do faturamento, 42% acreditam numa taxa de crescimento na faixa entre 5,1 e 10%, mesma proporção verificada no ano passado. Em seguida, vem a faixa de crescimento entre 10,1 e 20%, projetada por 29% das empresas, contra 27% em 2011. Crescimento entre 0,1% e 5% foi previsto por 23% das empresas (20% em 2011); e somente 6% projetam crescer mais de 20%, proporção 5 pontos percentuais inferior à do ano passado.