O total de paulistanos com contas atrasadas e inadimplentes nunca foi tão baixo e apenas 3,3% das famílias não terão condições de pagar total ou parcialmente suas dívidas, diz a pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e divulgada nesta segunda-feira.
Para a assessoria técnica da FecomercioSP, a manutenção do elevado nível de emprego e o crescimento de cerca de 5% na massa salarial desde o começo do ano colaboraram para esse cenário. A expectativa é que com o recebimento do 13° a pesquisa registre uma nova queda ainda em 2011.
Conforme a federação, apenas 41% das famílias na capital paulista ficaram endividadas em outubro, ou seja, com dívidas provenientes de pagamentos parcelados, mas ainda não vencidos. Trata-se do menor desde outubro de 2009, quando o índice de endividamento ficou em 40,9%.
Segundo a pesquisa, apenas 8% das famílias na capital paulista têm contas atrasadas em novembro, uma queda de 2,8 pontos percentuais em relação ao mês anterior, e o resultado mais baixo desde fevereiro de 2004. É a primeira vez que o indicador registra um número com menos de dois dígitos.
O cartão de crédito continua como principal meio utilizado para adquirir dívidas; 76,3% dos paulistanos têm dívidas devido às compras pagas dessa maneira, seguidas por carnês (22,4%) e crédito pessoal (11,4%). A pesquisa concluiu que 57,1% das famílias comprometeram de 11% a 50% da renda familiar com as dívidas, 20,1% comprometeram menos de 10%, e 16,3% comprometeram mais de metade da renda.
Das 287,4 mil famílias com contas atrasadas, 49,1%, têm contas vencidas há mais de 90 dias, 20,5% há 30 dias e 26,9%, entre 30 e 90 dias. Aproximadamente 39,2% das famílias comprometeram sua renda por um período maior que três meses e menor do que um ano, enquanto 26,6% das famílias dizem que estão comprometidas por até três meses e a mesma quantidade garante que será por mais de um ano.