A alta nas taxas de juros sobre a dívida do governo francês e os prognósticos de crescimento mais fraco poderiam ser negativas para a perspectiva do rating de crédito da França, alertou a Moody por meio de relatório na segunda-feira, aumentando a pressão sobre os mercados de dívida da Europa.
A França está preocupada de ter os fundamentos econômicos mais fracos entre os seis países da zona do euro com rating "AAA". Preocupações de que a França tenha os fundamentos econômicos mais fracos entre os seis países da zona do euro com rating “AAA” colocaram neste mês a segunda maior economia da região na linha de fogo da crise de dívida.
A agência de classificação de risco disse que a piora no clima do mercado é uma ameaça às perspectivas de crédito do país, embora não ao atual rating francês nesta fase.
O diferencial de rendimento entre os títulos francês e alemão de dez anos subiu acima dos 200 pontos-base na semana passada, batendo novo recorde desde a criação do euro.
Moody disse que a esse nível de contaminação, a França paga quase duas vezes mais que a Alemanha para se financiar no longo prazo. A agência acrescentou que um aumento de 100 pontos-base no rendimento equivale a cerca de três bilhões de euros a mais em custos de financiamento anual.
Nas operações desta segunda-feira, o spread dos papéis públicos da França de dez anos sobre os alemães subia cerca de 20 pontos-base, para 167 pontos, após a publicação do relatório da Moody’s, mas permaneceu bem abaixo dos 202 pontos atingidos na semana passada. O índice CAC 40 da Bolsa de Paris, que caiu 1,7 % na abertura do mercado, cedia 2,3 % às 9h10.
Em 17 de outubro, a Moody disse que poderia colocar o rating francês em perspectiva negativa nos próximos três meses se os custos para socorrer bancos e outros membros da zona euro sobrecarregarem o Orçamento do país.
A agência informou que a gestão da crise de dívida da zona do euro complicou os esforços de consolidação orçamentária do governo. O estresse sobre os balanços dos bancos pode levar a novos aumentos de passivos no balanço do governo quando for necessário apoio estatal aos bancos, acrescentou a agência.