A presidente Dilma Rousseff prometeu mandar ao Congresso propostas que garantam a "valorização permanente" do salário mínimo, nesta quarta-feira, em solenidade de abertura do ano legislativo, que iniciou ontem, com a posse dos deputados e senadores eleitos em outubro do ano passado. Contudo, a presidente não explicou os detalhes em relação a esta política.
"Encaminharei propostas para o Congresso para garantir a manutenção de regras estáveis que permitam ao salário mínimo recuperar seu poder de compra. Este é um pacto deste governo com os trabalhadores: eles terão ganhos reais e serão compatíveis com a capacidade financeira do Estado", afirmou.
A presidente garantiu que seu governo não vai permitir que a inflação volte a desequilibrar a economia do País e a "penalizar"a população mais pobre.
O reajuste do salário mínimo deve ser o primeiro grande embate de Dilma no Congresso Nacional. O governo quer aumentar o salário mínimo de R$ 510 para R$ 545. As centrais sindicais, no entanto, reivindicam que o mínimo seja de R$ 580. O governo alega que desde 2007 o salário mínimo é reajustado conforme um acordo feito com as próprias centrais, levando em consideração o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação medida no País. Uma reunião entre as centrais e o governo está marcada para a próxima sexta-feira para tratar do assunto.
Durante a leitura da mensagem, Dilma também comemorou o bom momento econômico vivido pelo Brasil e exaltou os 15 milhões de empregos formais criados no governo Lula. A presidente também afirmou que vai trabalhar para que os recursos obtidos com a exploração de petróleo na camada pré-sal sejam usados na melhoria de vida da população.
"Esta oportunidade não pode ser desperdiçada e não deixaremos que seja. O governo está comprometido com a política de desenvolvimento econômico aliado a preservação ambiental e manutenção das nossas matrizes energéticas, que são as mais limpas do mundo", disse Dilma.