RIO - As importações cresceram 7,4% no segundo trimestre deste ano, enquanto as exportações tiveram um crescimento de apenas 2,4% no mesmo período. Os dados foram divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), durante divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre.
O déficit nas contas externas foi um dos principais motivos para que o país tivesse uma necessidade de financiamento da economia brasileira de R$ 24,1 bilhões no terceiro trimestre deste ano. O valor é o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando a necessidade de financiamento foi de R$ 12 bilhões.
As importações apresentaram um aumento de 40,9% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, o maior crescimento da série histórica, iniciada em 1996. O coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, disse acreditar, no entanto, que o crescimento das importações não chega a prejudicar o crescimento do PIB brasileiro.
“Olhando a qualidade das importações, pode-se verificar que isso não é um destaque negativo. Elas estão atendendo a um crescimento de demanda, de renda. No terceiro trimestre, há uma importação significativa de bens de capital, ou seja, você tem uma parcela grande de investimento. Ao se importar, você não amortece o crescimento, você está aumentando seu potencial de PIB e está atendendo a uma demanda, que neste momento, não se está podendo atender internamente. Não quer dizer que você não conseguirá atendê-la daqui para a frente”, disse.
Entre os destaques na pauta de importações brasileiras, figuram, além de máquinas e equipamentos, itens de siderurgia, têxteis, veículos, refino de petróleo, plásticos e produtos químicos, entre outros.