Após oscilar entre R$ 1,722 e R$ 1,734 para venda, a moeda norteamericana fechou cotada a R$ 1,724 para venda, desvalorização de 0,17%. O dia foi de volatilidade, dúvidas sobre a eficácia do pacote de ajuda à Irlanda aumentaram a cautela do investidor, no entanto, Carlos Alberto Abdala, diretor de câmbio da Renova Corretora de Câmbio, comenta que a flutuação da moeda foi dentro do normal com os investidores monitorando o cenário externo.
Abdala lembra que embora a Irlanda tenha fechado o pacote bilionário de socorro financeiro, analistas temem que outros países sejam a "bola da vez" na região. Portugal e Espanha estão na lista. Neste sentido, destaque para a taxa de juros dos títulos de dívidas da Espanha, que têm alcançado altas recordes. Isso significa que a dívida do país também sobe, ficando mais difícil de ser paga. Uma possível crise na Espanha traz muito mais temores do que em Portugal.
Por aqui, analistas avaliam que com a proximidade de dezembro, a cotação do dólar deve ficar volátil, devido à disputa entre comprados (que apostam na alta do dólar) e vendidos (que acreditam na queda), para a formação da Ptax (média das cotações ponderada pelo volume), que liquida os contratos de futuros.
No âmbito doméstico, os agentes avaliaram o boletim Focus divulgado nesta manhã. Segundo o documento, a projeção para a taxa de câmbio em 2010 foi finalizada em R$ 1,70, pela sexta semana, e para 2011, o prognóstico ficou em R$ 1,75, o mesmo da apuração anterior.
Vale ressaltar que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou hoje que divulgará os dados da balança comercial de novembro de 2010 na próxima quarta-feira (1) junto com os números da quarta e da quinta semanas do mês. Por isso, não houve divulgação da balança semanal nesta segunda-feira.
No front externo, o euro era cotado a US$ 1,3094, queda de 1,11%. A partir de amanhã a agenda será cheia: confiança do consumidor, auxílio desemprego, Livro Bege, venda de casas pendentes, estoques de petróleo e finalizando a semana com o payroll.