O volume de recursos provenientes de captações de companhias no exterior seguirá alto, disse um operador. Diante da possibilidade de queda no preço da moeda norte-americana, os agentes seguem atentos à atuação do governo para impedir uma valorização muito forte e rápida do real.
Sidnei Moura Nehme, diretor executivo da NGO, continua projetando um preço da moeda americana com viés de alta para o final do ano, pois segundo ele, o cenário prospectivo sugere uma pressão de demanda acima da oferta, e, um ambiente menos propício para posicionamentos especulativos, consequente das expectativas que se formam em torno de um novo governo.
O executivo ressalta ainda que caso se confirme as desconfianças de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, venha criar um Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) mais elevado sobre os ingressos de investimentos especulativos e, o BC, adote medidas de redução dos percentuais de exposição dos bancos em transações com variação cambial, o ajuste no preço poderá ser maior.
Na visão de Nehme, o preço da moeda americana poderá estar acima de R$ 1,90 ao final do ano, ou seja, mais perto do que se pode entender como equilibrada.
(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)