Mesmo afirmando que o mercado está aquecido, com números próximos aos apresentados em 2008, Rezende informou que varias empresas do setor estão deixando de fabricar algumas ferramentas, alegando que em decorrência do "custo Brasil" as mesmas deixaram de ser competitivas com as importadas. Algumas indústrias passaram a importar produtos de outros países com sua marca, para assim poderem competir no mercado brasileiro.
Para o novo presidente do Sinafer, o "custo Brasil" é o maior de todos os problemas enfrentados pela indústria nacional. "Uma máquina produzida no Brasil custa cerca de 30% mais que a mesma máquina produzida na Alemanha. Somente a reforma tributária poderia melhorar essa situação", defendeu o novo presidente do Sinafer.
Com o encolhimento do mercado interno no pós crise na Europa, Estados Unidos e Japão, os fabricantes de ferramentas desses países têm exportado para o Brasil com preços que talvez estejam muito próximos de seus custos de produção. "Só assim eles garantirão volume e, consequentemente, o emprego de seus cidadãos. Mas estão, em contrapartida, desempregando os brasileiros", completou Rezende.
O Sinafer, oficialmente fundado em 1940, é o principal representante do setor junto ao governo e atualmente tem 2300 indústrias associadas em seus quadros, o que representa cerca de 44 mil trabalhadores. Milton Rezende, que é diretor comercial da Starrett para o Brasil e América Latina, uma das principais fabricantes de ferramentas e instrumentos de medição do mundo, irá presidir o Sinafer até 2013.
(Redação - Agência IN)