ASSINE
search button

Investidores ajustam posições e Ibovespa recua 0,3%

Compartilhar
S O PAULO, 2 de setembro de 2010 - Após a forte alta no pregão anterior (+2,96%), os investidores resolveram ajustar posições na BM&FBovespa, apesar do ambiente positivo nas demais praças acionárias mundiais. O bom comportamento das ações da Petrobras impediu uma correção mais intensa. No fim do dia, o Ibovespa caiu 0,39%, aos 66.808 pontos. O giro financeiro da bolsa terminou em R$ 5,112 bilhões.

Segundo Silvio Campos Neto, economista do Banco Schahin, o Ibovespa passou por ajustes técnicos no pregão de hoje, em função dos excessos observados ontem, e o fato das bolsas norte-americanas não terem registrado altas expressivas também influenciou o movimento.

A tão esperada definição do preço do barril de petróleo que será usado para a capitalização da Petrobras saiu (em média US$ 8,51) e aliviou os investidores, segundo Campos Neto, já que ajudou a eliminar as incertezas em relação ao processo e trouxe um pouco mais de clareza. Diante da informação, os papéis da companhia finalizaram com ganhos importantes (+2,10%), mas não foram suficientes para reverter o quadro negativo do Ibovespa.

Na contramão, as ações preferenciais da Vale terminaram com desvalorização de 1,03%, refletindo o processo de ajuste técnico. E dentre as maiores oscilações positivas do Ibovespa ficaram os papéis da TAM (PN) e da Fibria (ON), com alta de 3,61% e 4,24%, respectivamente.

No cenário externo, notícias positivas sobre a economia norte-americana elevaram o humor dos investidores. No país, o índice que mede a produtividade do trabalhador recuou 1,8% no segundo trimestre de 2010. Já o custo da mão de obra avançou 1,1% no período. Por sua vez, os novos pedidos de seguro-desemprego caíram 6 mil na semana encerrada em 28 de agosto. O número de solicitações passou de 478 mil para 472 mil, melhor do que o esperado pelo mercado.

No mesmo sentido, as vendas imóveis pendentes no país registrou crescimento de 5,2% em julho, ante junho, alcançando 79,4 pontos. Analistas aguardavam recuo de mais de 2%. Já os pedidos às fábricas norte-americanas avançaram apenas 0,1% em julho, contra queda de 1,2% em junho. Apesar do resultado positivo, o dado veio abaixo da projeção dos economistas.

(Déborah Costa - Agência IN)