Para o integrante da coordenação nacional da CPT Dirceu Fumafali, em ano eleitoral os movimentos se reúnem para discutir a conjuntura nacional, o que diminui sua atuação no período. "O cenário político faz com que os movimentos tenham que definir suas táticas", explicando a atuação menor neste período.
Fumagali explicou, no entanto, que além da causa temporal, a queda também pode ser uma tendência. "Se o Judiciário continuar criminalizando os movimentos de luta pela terra e a mídia desconstruindo a solidariedade da sociedade pela reforma agrária, é claro que isso pode se consolidar", afirmou.
O juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Marcelo Barthe, disse, no entanto, que a "postura mais proativa" da Justiça, desde que o conselho criou o Fórum de Assuntos Fundiários, em maio de 2009, abriu espaço para a pacificação, sem criminalizar os movimentos ligados à reforma agrária.
"Trabalhamos com a intenção de abrir espaço para o diálogo, na mediação de conflitos, tentando sempre conciliar as partes. Não se apontou a criminalização dos movimentos", afirmou Barthe, que é coordenador do comitê executivo do fórum. As informações são da Agência Brasil.
(Redação - Agência IN)