No front externo, o clima de pessimismo segue pautando os negócios. Os investidores reagem negativamente a novos indicadores econômicos e a dados corporativos nos Estados Unidos. Um dos indicadores que piorou o humor dos investidores hoje foi resultado dos novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos que avançaram 2 mil na semana encerrada dia 7 de agosto, ante a semana anterior. O número de solicitações passou de 482 mil (dado revisado) para 484 mil, já com ajustes sazonais.
Para a equipe econômica do banco Fator, o mercado de trabalho norte-americano ainda é um dos principais pontos de preocupação do governo e do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) e o quadro parece estar piorando.
Por aqui, os economistas, avaliam que neste momento, apesar da alta acima do esperado do setor varejista em junho divulgado ontem e expectativa de retomada das vendas em julho, o Banco Central (BC) poderá optar, por olhar os indicadores de curto prazo e o arrefecimento das expectativas do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 2010, não alterar a taxa de juros e encerrar o ciclo de alta este ano em 10,75%.
No entanto, o mercado ainda está dividido entre uma manutenção e alta de 0,25 ponto percentual dos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) no início de setembro. Há quem estime aumento de 0,50 ponto.
(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)