No início de julho, os preços do cristal permaneceram estáveis, com a liquidez bastante lenta. Compradores consultados pelo Cepea adquiriam apenas quantidades necessárias para a demanda de curto prazo. Boa parte das usinas, por sua vez, seguia priorizando a exportação do produto.
Já a partir da segunda quinzena do mês, os preços do açúcar cristal registraram ligeiras altas diárias no mercado paulista, mesmo em pleno período de pico de safra no Centro-Sul do País. Usinas consultadas pelo Cepea saíram do mercado, diminuindo a oferta no spot. Essas unidades paulistas seguiram cumprindo apenas os contratos de exportação e/ou vendendo etanol. Por sua vez, compradores que precisavam da matéria-prima para dar continuidade à produção tiveram de pagar os valores maiores pedidos pelas unidades que permaneceram no segmento spot.
Em julho, conforme cálculos do Cepea, as vendas de açúcar no mercado doméstico remuneraram cerca de 2% mais que as vendas domésticas em julho (considerando-se: o valor médio do Indicador Cepea/Esalq, o vencimento Outubro/10 na Bolsa de Londres (Liffe), um desconto de qualidade estimado em US$ 48,75/t, e custos com elevação e frete de US$ 90,00/t).
Quanto às exportações, segundo dados da Secex, os embarques brasileiros de açúcar bruto (VHP) totalizaram 2,05 milhões de toneladas em julho, crescimento de 6,4% sobre junho (1,9 milhão) e de 20,8% em relação a julho/09 (1,7 milhão). De açúcar branco, em julho, foram embarcadas 852,2 mil toneladas, acréscimo de 47,3% sobre o volume de junho (578,5 mil) e de 35,8% frente a julho/09 (627,5 mil).
Nos estados do Nordeste, em julho, o Indicador Mensal de Açúcar Cristal Cepea/Esalq para o estado de Alagoas fechou a R$ 55,37/saca de 50 kg, apresentando queda de 9,83% sobre junho. Em Pernambuco, o Indicador Mensal foi de R$ 55,69/sc, queda de 1,84%.
(Redação - Agência IN)