A empresa vai comprar o plástico feito de cana de açúcar da Braskem, a qual utiliza etanol da cana de açúcar adquirido de fornecedores que produzem de forma sustentável no Brasil. O projeto piloto acontecerá no mundo todo durante os próximos dois anos, com os primeiros produtos chegando às prateleiras em 2011, segundo Gabriela Onofre Editore, diretora de assuntos corporativos da P&G. Os produtos receberão o selo "I'm Green" da Braskem indicando sua origem sustentável.
"Este é um começo de um acordo. Queremos algo grande para o futuro e a tendência é crescer", disse Gabriela sem revelar valores ou volumes prefixados na parceria.
A Braskem investiu R$ 500 milhões na construção da unidade que terá capacidade de produzir 200 mil toneladas de eteno verde que serão convertidos em polietileno. A unidade verde, que será inagurada em setembro no Rio Grande do Sul, já tem mais de dois terços de sua produção estimada negociada.
"Tivemos muito sucesso na Europa, Ásia, com Japão e Coreia, e algum sucesso nos Estados Unidos", avaliou Rui Chammas, vice-presidente do negócio de polímeros da Braskem. O execuitivo acrescentou que já há valores fechados com a P&G que, no entanto, não foram revelados.
A petroquímica já fechou parcerias com a Natura, Johnson & Johnson, Cromex, além de Shiseido e Estrela, entre outras.
O plástico derivado de cana de açúcar representa uma inovação significativa em embalagens sustentáveis, pois é feito a partir de uma fonte renovável, diferentemente do plástico tradicional, que é derivado de petróleo não-renovável.
Este novo material é feito por meio de um processo inovador, que transforma a cana de açúcar em plástico polietileno de alta densidade (HDPE), um tipo comumente usado para embalar produtos. A embalagem derivada de cana de açúcar permanece sendo 100% reciclável.
(Carina Urbanin - Agência IN)