Integrantes da oposição condenam a medida e cobram reação, mas sem negar que seja difícil anular os cortes feitos pelo presidente Lula ao sancionar a LDO nesta semana. A reação seria dificultada, entre outras razões, pelo ano eleitoral, quando boa parte da atenção dos parlamentares está dirigida às próprias campanhas ou ao apoio aos correligionários nos estados - por isso, o trabalho no Congresso, até outubro, está sendo conduzido em dias pré-definidos de esforço concentrado de votações.
"Tudo fica mais difícil, mas não podemos nos conformar. O Congresso deveria ter vergonha de ser pisado pelo Executivo e se reunir para derrubar esses vetos", propõe o senador Antonio Carlos Junior (DEM-BA).
Mas o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) observa que, mesmo em períodos de maior normalidade, raramente o Congresso se reúne para derrubar vetos do Executivo. Portanto, na sua avaliação, a responsabilidade nesses casos caberia também ao próprio Congresso. Desse modo, como disse, os vetos atuais podem igualmente virar "fato consumado".
"Fui governador de meu estado e lá meus vetos eram analisados na semana seguinte à divulgação dos atos. Aqui, os vetos acontecem e nunca mais se fala sobre eles ou raramente se fala", criticou Azeredo. As informações são da Agência Senado.
(Redação - Agência IN)