Além dos preços considerados insatisfatórios, colaboradores do Cepea comentaram que o percentual de cafés robusta de baixa qualidade está maior nesta temporada se comparado às anteriores. Para a maquinação do tipo 6, costumava-se obter cerca de 30% de grãos inferiores, mas, nesta safra, a proporção pode chegar a 45%. Esses "grãos refugos" estão sendo vendidos com deságio de R$ 10/saca sobre o café maquinado. Segundo pesquisadores do Cepea, essa situação ocorreu porque os grãos estavam menores que o habitual, devido à estiagem ocorrida no início deste ano no Espírito Santo.
Quanto à colheita de robusta no Espírito Santo, agentes consultados pelo Cepea comentam que a maior parte dos cafezais já foi colhida, com poucas lavouras restantes. Assim, boa parte até já registrou uma primeira florada, sendo considerada satisfatória por produtores. O pegamento das flores, contudo, ainda não foi estimado.
Em Rondônia, a colheita do robusta já foi encerrada. Agentes locais comentam que cerca de 60% da produção foi comercializada até o momento. Apesar da demanda, o preço nesta safra está menor, devido ao maior volume de café colhido neste estado. Assim, enquanto julho de 2010 começa com preços em torno de R$ 145/saca de 60 kg de robusta rondoniense com 400 defeitos, no ano passado, o mesmo grão valia cerca de R$ 165,00/saca.
Quanto aos preços do robusta, estes registraram alta pelo segundo mês seguido. Apesar disso, agentes comentam que as negociações envolvendo a variedade têm sido apenas em casos de necessidade do vendedor, visto que os preços ainda não foram considerados atrativos. Assim, em julho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ para o tipo 6 peneira 13 acima foi de R$ 171,50/sc de 60 kg, aumento de 2% em relação ao mês anterior. Para o tipo 7/8 bica corrida, a alta foi de 1,5% no mesmo período, com média de R$ 164,59/sc 60 kg. Na Bolsa de Londres (Euronext.Liffe), o vencimento em setembro fechou a US$ 1.810/tonelada em 30 de junho, elevação de 2,5% frente ao dia 1º.
(SV - Agência IN)