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Em pregão volátil, Ibovespa sobe 0,2%

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S O PAULO, 12 de agosto de 2010 - Após registrar forte queda na sessão anterior, o principal índice acionário da BM&FBovespa operou volátil no pregão de hoje, em meio a ajustes e a persistente cautela dos investidores em relação à economia global. Com isso, ao final do pregão, o Ibovespa subiu 0,27%, aos 65.966 pontos. O giro financeiro da bolsa finalizou em R$ 5,098 bilhões.

"Ontem o mercado sofreu bastante em função da sinalização do Federal Reserve [Fed, o banco central norte-americano] de que a recuperação econômica da região é insuficiente. Já havia desconforto e as declarações impulsionaram uma forte realização. Hoje os negócios foram um pouco normalizados, mas o investidor ainda está cauteloso", considerou André Simões Cardoso, gestor de renda variável do Modal Asset Management.

Contribuiu para o cenário negativo, a queda de 0,1% na produção industrial da zona do euro em junho deste ano, ante maio. "Esperávamos alta 0,6%. Veio recuo de 0,1%, o que lembra como é frágil a situação europeia", acrescentou.

No mesmo sentido, hoje foi revelado que a produção industrial do Japão sofreu queda de 1,1% em junho deste ano, ante o mês anterior. Este é o segundo recuo consecutivo. E o Índice de Confiança do Consumidor japonês caiu 0,3% em julho, para 43,3 pontos. "Grande parte da economia japonesa é ligada ao setor de exportação, os números baixos mostram a lenta recuperação da economia global", disse.

Ainda no cenário internacional, os números da economia norte-americana também estiveram no foco dos investidores. Dentre os indicadores, os novos pedidos de seguro-desemprego avançaram 2 mil na semana encerrada dia 7 de agosto, para 484 mil, ficando bem pior do que o esperado por analistas.

No âmbito doméstico, o desempenho das blue chips ajudaram a manter o Ibovespa em terreno positivo. As ações da Vale (PNA) registraram aumento de 0,80%, enquanto as da Petrobras (PN) cresceram 0,10% e as do Itaú Unibanco (PN) ganharam 0,48%.

Já entre as maiores oscilações positivas do índice acionário ficaram os papéis ordinários da OGX, com avanço 2,51%. A companhia informou que reportou lucro líquido de R$ 57,790 milhões no segundo trimestre de 2010, ante prejuízo de R$ 177,528 milhões apurados em igual época do ano passado.

Por sua vez, entre os destaques negativos do Ibovespa terminaram as ações da Cyrela (ON), com retração de 2,47%. O lucro da empresa foi de R$ 341,7 milhões no primeiro semestre de 2010.

(Carina Urbanin e Déborah Costa - Agência IN)