Segundo um operador de câmbio, o fluxo cambial segue bom. Vale lembrar que o saldo da entrada e saída de dólares do País está positivo no mês de agosto até o dia 6, em US$ 1,791 bilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC). Esse profissional explica que a fragilidade externa e as expectativas positivas para o Brasil somadas a juros altos endossam as apostas em entradas de recursos tanto por arbitragem quanto por emissões de bônus e investimentos diretos.
A aversão ao risco ainda é alimentada pela notícia de que a produção industrial na zona do euro teve queda de 0,1% em junho. As bolsas asiáticas fecharam em baixa, depois da crescente divulgação nesta semana de perspectivas desfavoráveis sobre a recuperação dos Estados Unidos. Com isso, os ativos considerados de maior risco registram novas perdas nos mercados internacionais.
Segundo o relatório da AGK, diante deste contexto, o dólar, que ontem fechou com alta de 0,68% a R$ 1,77, deve oscilar hoje mais perto de R$ 1,78, se ao longo do dia a aversão global ao risco não se abrandar.
Nos EUA, os novos pedidos de seguro-desemprego avançaram 2 mil na semana encerrada dia 7 de agosto, ante a semana anterior. O número de solicitações passou de 482 mil (dado revisado) para 484 mil, já com ajustes sazonais. O dado veio bem pior do que o estimado pelo mercado, que esperava recuo para 465 mil pedidos.
Além disso, os preços dos importados nos Estados Unidos subiram 0,2% em julho. O resultado se segue a dois meses de queda: em maio, o recuo foi de 0,8% e, em junho, de 1,3% (números revisados). Ainda assim, a alta foi menor que a esperada pelo mercado (entre 0,3% e 0,4%).
No campo corporativo, ainda contribui para um tom negativo no dia o resultado da Cisco Systems, fabricante mundial de equipamentos para redes de computador.
(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)