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Dado dos EUA e movimento de ajuste deixam Ibovespa volátil

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S O PAULO, 12 de agosto de 2010 - Ainda sob clima de cautela, o principal índice acionário da BM&FBovespa opera com volatilidade nesta quinta-feira. O movimento é reflexo das fortes perdas registradas ontem e também de dados negativos da economia norte-americana. Há pouco, o Ibovespa tinha leve alta de 0,05%, aos 65.822 pontos. O giro financeiro da bolsa estava em R$ 2,074 bilhões.

A agenda econômica do dia contribuiu para o clima de cautela. Nos Estados Unidos, os novos pedidos de seguro-desemprego avançaram 2 mil na semana encerrada dia 7 de agosto, ante a semana anterior. O número de solicitações passou de 482 mil (dado revisado) para 484 mil, já com ajustes sazonais. O dado veio bem pior do que o estimado pelo mercado, que esperava recuo para 465 mil pedidos.

Para Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da Corretora Souza Barros, o mercado já iniciou os negócios pressionado. "A volatilidade tomou conta dos negócios em função dos dados econômicos revelados hoje. O mercado sofreu muito ontem com as fortes quedas e a tendência agora é de ajuste", pontuou.

No cenário interno, o destaque ficou por conta do desempenho das blue chips Vale (PNA) e Petrobras (PN), que operam em alta de 0,17% e 0,84%, respectivamente. Na visão de Monteiro, os papéis da petrolífera passam por momento de correção. "As ações da Petrobras também sofreram muita pressão na sessão anterior, então era natural uma correção na sessão de hoje", avaliou.

No lado das empresas, a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) informou hoje ter reportado lucro líquido de R$ 1,510 bilhão no segundo trimestre do ano, com expansão de 9,8% ante o mesmo período do ano passado. Instantes atrás, as ações (PN) da empresa tinham alta de 0,10%.

Ainda no meio corporativo, a OGX Petróleo e Gás Participações reportou lucro líquido de R$ 57,790 milhões no segundo trimestre de 2010, ante prejuízo de R$ 177,528 milhões apurados em igual época do ano passado. Há pouco, os papéis (ON) tinham ganhos de 1,42%.

(Humberto Domiciano - Agência IN)