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Cautela mantém valorização do dólar

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S O PAULO, 13 de agosto de 2010 - Após sinalizar avanço de 0,23% na abertura dos negócios, a moeda norte-americana operava há pouco, com alta de 0,17%, sendo cotada a R$ 1,773 para venda.

O gerente de câmbio Reginaldo Galhardo, da Treviso Corretora de Câmbio atribui a valorização do dólar à cautela entre os investidores e à zeragem de posições.

Galhardo comenta ainda que o Brasil continua na mira do capital internacional, considerando o risco reduzido e os juros altos. Vale ressaltar que um dos atrativos para o capital internacional neste ano, é a capitalização da Petrobras.

Ontem o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Luiz Mendes, disse que apesar do BC ter condições de retomar os leilões de swap cambial reverso, ainda não foi tomada nenhuma decisão nesse sentido.

Mendes afirmou a jornalistas que, caso fosse necessário, essas operações já estariam sendo realizadas, já que o BC tem condições operacionais e legais para fazê-las.

Nas mesas de operações diminuiu a expectativa por esse leilão, disse um Galhardo, ressaltando que as atenções agora estão voltadas para o cenário internacional, as incertezas a respeito da sustentabilidade da Europa nos próximos meses, em meio à desaceleração na China e nos Estados Unidos, prevalecem.

Hoje foram divulgados importantes indicadores na Europa e nos Estados Unidos. Na zona do euro foi informado que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1% no segundo trimestre, resultado acima do estimado pelo mercado.

Nos Estados Unidos, os agentes monitoram o resultado das vendas no varejo que avançaram 0,4% em julho, em relação ao mês anterior. Já os preços ao consumidor cresceram 0,3%. Os dados não mostram muito vigor no consumo, que é o motor da economia norte-americana.

Outro dado monitorado pelo mercado é o índice de confiança dos consumidores dos Estados Unidos, medido pela Universidade de Michigan, que registrou leve alta em agosto, de 67,8 pontos para 69,6 pontos. O dado é preliminar e ficou ligeiramente acima do consenso (69,0 pontos).

A equipe econômica do banco Fator avalia que como as surpresas com os dados têm sido majoritariamente para pior, recentemente esse resultado trouxe algum alívio momentâneo, mas o patamar da confiança continua historicamente muito baixo - próximo do piso das últimas recessões. Os movimentos do índice nos últimos meses não apontam para mudança de tendência, sugerem certa estabilidade, com pequenas flutuações mensais, entre 65 e 75 pontos.

(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)