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Sem motivo para animação, mercado segue volátil

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SÃO PAULO, 19 de julho de 2010 - No primeiro pregão da semana, que começa com agenda econômica fraca mas recheada de balanços corporativos, o volatilidade deverá seguir marcando presença, segundo Silvio Campos Neto, economista do Banco Schahin. "O cenário ainda é incerto e deverá permanecer volátil", disse o economista.

Silvio acrescentou que os agentes ainda digerem o dado sobre a confiança do consumidor norte-americano que despencou para 66,5 pontos em junho deste ano, conforme dados divulgados na sexta-feira (16). "Isso mostra que a economia dos Estados Unidos ainda está bastante volátil", avaliou.

Além disso, notícias vindas da Europa pesam sobre o mercado. "Hoje a Moody's rebaixou a nota soberana da Irlanda de "Aa1" para "Aa2" devido ao aumento de sua dívida e de suas poucas perspectivas de crescimento. No mesmo sentido, temos os problemas de financiamento da Hungria, que não conseguiu fechar acordo com o FMI neste sábado e perdeu acesso ao pacote de crédito."

"Diante deste cenário, não há perspectiva de recuperação do mercado no curtíssimo prazo. Se houver pequena alta hoje será um ajuste técnico em função das fortes perdas de sexta-feira. Não há motivos para animação", concluiu o economista, lembrando, inclusive, que os balanços do Citigroup e do Bank of América, divulgados no fim da semana passada, também pressionam o mercado para baixo.

Os mercados asiáticos encerraram nesta segunda-feira sem definir tendência, pressionaram o desempenho a baixa do sentimento do consumidor nos Estados Unidos, que aumentou as preocupações sobre o ritmo de recuperação econômica. Além disso, a preocupação sobre uma possível queda do euro, com o temor de um revés de suas recentes altas, também contribuíram para que a cautela dos investidores crescesse.

Em Seul, o índice Kospi caiu 0,37% e fechou aos 1.731,95 pontos, enquanto que em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,79% para 20.090,95 pontos. Contrariando a tendência do andamento do mercado, o índice Xangai composto, principal indicador de Xangai, ganhou 2,11% e fechou o dia aos 2.475,42 pontos. Em Tóquio, a bolsa de valores permaneceu fechada, devido ao feriado nacional do Dia da Marinha.

Na Europa, foi revelado que a conta corrente nos 16 países que compõem a zona do euro registrou déficit de ? 5,8 bilhões em maio deste ano, ante perdas de ? 5,1 bilhão em abril.

Os principais índices acionários do velho continente operavam, há pouco, com leve alta. O índice FTSE-100, de Londres, avançava 0,42%, aos 5.180 pontos, o CAC-40, de Paris, tinha alta de 0,33%, aos 3.511 pontos. E o DAX, de Frankfurt, valorizava 0,53% aos 6.072 pontos.

Por aqui, analistas mantiveram a expectativa de alta do PIB deste ano em 7,20%, segundo o boletim Focus. Em relação à taxa básica de juros (Selic), as apostas dos analistas para a Selic deste ano permaneceram em 12%. Por sua vez, a estimativa de inflação (IPCA) para 2010 caiu de 5,45% para 5,42%.

(Carina Urbanin - Agência IN)