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Mercado de juros se prepara para reunião do Copom

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SÃO PAULO, 19 de julho de 2010 - Os agentes voltam às atenções para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana. O mercado está dividido entre uma nova alta da taxa Selic de 0,75 ponto percentual ou 0,50 ponto. Atualmente, a taxa está em 10,25% ao ano.

Na BM&FBovespa os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) operam sinalizando avanço na maioria dos vencimentos. Há pouco, o DI com vencimento em janeiro de 2011 apontava taxa anual de 11,08%, mesma do ajuste anterior. Janeiro de 2012 projetava juro de 11,71%, ante 11,65% do último fechamento.

Para equipe econômica do banco Fibra, o colegiado do Banco Central (BC) deve elevar a taxa Selic em 0,75 ponto visando assegurar a convergência da inflação à meta. Apesar dos dados correntes de atividade indicarem uma desaceleração do ritmo de crescimento da economia e os dados de inflação sugerirem que o mês de julho ainda deve mostrar índices de preços bem comportados, a equipe acredita que a evolução da economia no segundo semestre tenderá a pressionar o cenário prospectivo para a inflação.

"Com relação ao restante do processo de aperto monetário, os dados recentes elevaram as incertezas quanto a magnitude do ciclo a ser implementado no curto prazo. Não deve ser desprezado, ainda, o risco de surpresas negativas no tocante ao crescimento mundial, em especial EUA e China, que pode ter papel importante para ajudar na convergência da inflação à meta no ano de 2011 e, portanto, afetar as próximas decisões de política monetária", ressalta o banco Fibra.

Na agenda do dia o destaque fica por conta do boletim Focus revelando que a estimativa de inflação (IPCA) para 2010 caiu de 5,45% para 5,42%. Em relação à taxa básica de juros (Selic), as apostas dos analistas para a Selic deste ano permaneceram em 12%.

Nesta manhã foi informado também que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) no município de São Paulo, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP), acelerou para 0,12% na segunda quadrissemana de julho, superior ao índice da primeira, que foi de 0,10%.

(Maria de Lourdes Chagas - Agência IN)