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FMI publica 'dez mandamentos' da redução do déficit

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Agência AFP

WASHINGTON - Dois altos funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicaram nesta quinta-feira os "dez mandamentos" para as políticas de redução dos déficits nos países desenvolvidos.

"As economias avançadas enfrentam um desafio: instaurar estratégias de ajuste orçamentário sem prejudicar a recuperação econômica ainda frágil", escreveram Olivier Blanchard, economista chefe do Fundo, e Carlo Cottarelli, diretor do departamento de Assuntos Orçamentários do FMI.

O primeiro mandamento é a necessidade de se ter "um plano orçamentário confiável a médio prazo, com um ponto de ancoragem visível".

O segundo mandamento é avançar gradualmente, a menos que não haja outra possibilidade que dar um grande golpe para conservar o acesso aos mercados para seu financiamento.

O terceiro é ter por objetivo uma redução da relação dívida-PIB; e o quarto mandamento passa pela redução dos gastos dos Estados.

O quinto mandamento prevê a adoção de reformas nos sistemas de aposentadoria e assistência médica "porque a atual tendência é inviável"; e o sexto determina que para ser viável a tempo, o ajuste fiscal deve ser equitativo" e garantir a manutenção dos serviços sociais "adequados".

O sétimo e o oitavo mandamentos determinam "grandes reformas para estimular o crescimento", e "modificar as instituições financeiras".

Os dois últimos exigem a coordenação entre a política monetária e a política orçamentária, e entre os diferentes Estados.