Segundo dados da consultoria finlandesa Pöyry, o consumo per capita de papel tissue no País aumentou cerca de 36% nos últimos 10 anos, passando de 3,3 kg por habitante para 4,5 kg/hab. A produção nacional de papéis tissue é de cerca de 1,2 milhão de toneladas por ano e a previsão é que, até 2015, essa produção cresça em pelo menos 200 mil toneladas ao ano. Isto significará incremento nos investimentos de US$ 1 bilhão.
"Tissue é o segmento de papel que receberá maior volume de investimentos para a ampliação da capacidade de produção", destaca Lairton Leonardi, presidente da ABTCP. Segundo ele, o impacto da crise econômica internacional foi menos sentido pelo segmento de papéis para fins sanitários - lenços, guardanapos, papel higiênico e toalhas de papel -, do que em outros segmentos da cadeia de celulose e papel.
O momento de otimismo se confirma pelos números do setor. Segundo dados da Bracelpa, as vendas domésticas de papel (incluindo imprimir e escrever, tissue, embalagens, papel cartão, outros), de janeiro a abril deste ano, chegaram a 1,6 milhão de toneladas, com incremento de 11,1% em relação a 2009, quando fora comercializadas 1,5 milhão de toneladas. A produção de papel também teve crescimento entre janeiro e abril, de 8,8%, passando de 3,0 milhões de toneladas em 2009 para 3,2 milhões de toneladas em 2010.
Já o segmento de papéis tissue cresceu acima da média do mercado, cerca de 4,3% em relação ao mesmo período do ano passado. "A previsão é que o segmento de papel tissue continue a crescer entre 3% e 4% nos próximos dois anos, com aumento do ganho operacional, em decorrência de melhorias nas linhas de produção nacionais", explica Carlos Farinha e Silva, um dos maiores especialistas do setor de celulose e papel do País, vice-presidente da consultoria finlandesa Pöyry e membro do conselho da ABTCP.
(Redação - Agência IN)