De acordo com os economistas, a elevação dos níveis de inadimplência do consumidor em maio está relacionada com o crescimento acelerado do endividamento dos consumidores ao longo dos últimos trimestres. "Todavia, mesmo com a inadimplência voltando a subir, em decorrência do maior endividamento e das taxas de juros crescentes, as boas perspectivas para o crescimento econômico em 2010, e por consequência do mercado de trabalho, devem impedir uma elevação muito acentuada dos níveis de inadimplência do consumidor durante o segundo semestre", destacam.
Na decomposição do indicador, as dívidas não honradas com cartões de crédito e financeiras (alta de 8,1%) e as dívidas com os bancos (crescimento de 2,5%) foram as responsáveis pela maior parte do crescimento mensal de 4,3% na inadimplência do consumidor em maio.
No acumulado do ano, a inadimplência do consumidor apontou queda de 3,7% em termos anuais, representando a maior queda para um acumulado até maio desde o início do indicador, em 2000. O declínio pode ser atribuído à base de comparação com os primeiros meses de 2009, que apresentava o período mais crítico da crise no país. Segundo os economistas da Serasa, no primeiro semestre do ano passado, o país ainda enfrentava os efeitos da crise financeira mundial. Já no mesmo período de 2010, a economia cresce a pleno vapor, assim como a evolução do emprego e da renda.
(SSB - Agência IN)