Para a Federação, o consumo interno, aliado ao crédito crescente, foram os responsáveis pelo crescimento expressivo do Produto. O assessor econômico da Federação, Fabio Pina, observa que o aumento na demanda agregada da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) se deve a uma recuperação após um primeiro trimestre abaixo da média da indústria em 2009, reflexo da crise econômica mundial. "A FBCF retomou o patamar que havia perdido no ano passado", pontua o economista.
Outro ponto a merecer atenção foi o crescimento no consumo das famílias (9,3%). "Essa alta é robusta, pois mesmo sob a crise internacional, o consumo interno se manteve forte, inclusive sustentando um desempenho razoável do PIB no ano passado", destaca Pina. Isso ocorreu em virtude da perceptível melhora das condições financeiras das famílias, ponto fundamental para evolução do consumo. "Além da renda, a oferta de crédito e a redução no nível de desemprego foram determinantes para essa melhora do orçamento familiar." Os dados do IBGE estão alinhados à pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de maio, elaborada pela Fecomercio, que apresentou variação positiva de 3%, saltando dos 131,4 pontos, registrados em abril, para 135,4 pontos.
Para a Fecomercio, a tendência dos próximos três meses ainda é de crescimento, tanto de consumo, quanto de produção, com a retomada aos patamares pré-crise. Para o segundo semestre, como os dados do mesmo período de 2009 foram melhores, os resultados comparativos tendem a arrefecer.
Segundo eles, o Banco Central poderá usar esses resultados para justificar novas altas de juros, o que seria um equívoco, dado o risco de comprometer o bom momento da economia brasileira.
(Redação - Agência IN)