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DA REDAÇÃO - O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou em 0,75 ponto percentual a taxa Selic, para 10,25% ao ano, para frear o aquecimento da economia nacional. O movimento, contudo, pode não ser muito efetivo. Segundo o economista Miguel Ribeiro de Oliveira, responsável pela área de pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), a competição e os dados positivos para o crédito podem anular o aumento.
Segundo o economista, com a queda nos índices de inadimplência e a maior competição do sistema financeiro, "é possível até mesmo que, com a elevação da Selic, as taxas de juros das operações de crédito não venham a ser elevadas, como algumas instituições financeiras já anunciaram", disse em nota divulgada nesta quarta-feira.
Na simulação da Anefac, com Selic a 10,25%, os juros mensais do cartão de crédito (Pessoa Física) aumentariam de 10,69% ao mês para 10,75% ao mês. No caso do empréstimo pessoal em bancos, os juros mensais seriam elevados de 4,85% para 4,91%.
"Esse fato ocorre uma vez que existe um deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas ao consumidor que, na média da Pessoa Física, atingem 121,71% ao ano, provocando uma variação de mais de 1.100,00% entre as duas pontas", explica o economista.