Para Miguel Daoud, da Global Financial Advisor, as principais economias do mundo encontram-se "num beco sem saída". Segundo o economista, as dívidas destes países somam US$ 49 trilhões, enquanto seus PIBs totalizam US$ 55 trilhões. Segundo ele, estas economias precisam reduzir gastos, mas ao mesmo tempo não poderiam optar por medidas como essa, que travam o crescimento, já que sem crescer, seria impossível enquadrar a dívida pública no orçamento.
Diante do cenário, as principais bolsas de Wall Street encerraram o pregão com baixas significativas. O índice Dow Jones Industrial Average recuou 1,16%, aos 9.816 pontos. O S&P 500 perdeu 1,35%, aos 1.050 pontos. E na bolsa eletrônica, o índice composto Nasdaq perdeu 2,04%, aos 2.173 pontos.
Na Europa também prevaleceu o movimento vendedor, e os principais índices da região fecharam no vermelho. O índice FTSE-100, de Londres, perdeu 1,11%, aos 5.069 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,57%, aos 5.904 pontos e o CAC-40, de Paris, desvalorizou 1,21%, aos 3.413 pontos.
Na Argentina, o índice Merval, da bolsa de valores de Buenos Aires encerrou em queda de 0,56%, aos 2.168 pontos.
Por aqui, o Índice Bovespa operou atrelado ao ambiente externo e fechou com retração de 0,80%. Vale, Itaú Unibanco e Gerdau puxaram a desvalorização do índice.
Na renda fixa, os juros futuros se ajustam sem definir tendência. O Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2011 fechou com taxa anual de 10,96%. No câmbio, o dólar comercial fechou em alta, vendido a R$ 1,87.
Nas commodities, os preços do petróleo finalizaram sem direção definida, sob o impacto da crise europeia e com temores quanto a diminuição da demanda pela matéria-prima. A cotação do barril de petróleo do tipo WTI, com vencimento em julho, registrou queda de 0,06%, para US$ 71,46 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (NYMEX, sigla em inglês). Já o barril do tipo Brent, com vencimento em julho, subiu 0,16%, cotado a US$ 72,21 no ICE Exchange de Londres.
(Redação - Agência IN)