A decisão, amplamente vista como uma forma de evitar que a dívida do governo grego seja excluída das operações centrais do BCE, foi projetada para melhorar a própria gestão do BCE, apontou Trichet na coletiva de imprensa do banco na sequência da sua reunião de política monetária.
O BCE publicou informações sobre o novo regime de garantia, que entra em vigor em 2011, cuja aplicação será especialmente voltada para as dívidas nominais que no passado tenham sido objeto de desconto de 5%.
Alguns instrumentos que foram utilizados nos últimos dois anos deixarão de ser elegíveis, afirmou a autoridade, notando que os ativos de dívida não regulamentada, não poderão ser licitados em operações de refinanciamento, nem de dívida subordinada, nem em grande quantidade de títulos denominados em outras moedas.
O presidente do BCE também afirmou que saudou a decisão dos chefes de governos dos países membros da União Europeia (UE) para ajudar a Grécia - que está lutando para vender títulos de dívida pública a níveis acessíveis - mas sinalizou que os empréstimos para o país não serão "subsidiados" e podem também nem ser necessário.
O regime da UE é "viável", disse ele, acrescentando que foi necessário permanecer por algum tempo com alguns "males" - alertando sobre o financiamento grego -, mas que, para ele," este não será um problema para a Grécia".
O spread, ou diferencial de taxa de juros sobre títulos do governo grego aos similares alemães se elevaram ao seu maior nível desde que a moeda única foi lançada. "Eu nunca comento sobre spreads", disse Trichet.
Após os comentários de Trichet, o euro manteve-se estável, negociado a US$ 1,3315 , e os rendimentos de títulos de referência da zona do euro AO governo da Alemanha e da Itália também não soferam reações.
(Redação com agências internacionais - Agência IN)