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Locação de imóveis ainda é alternativa pouco procurada

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SÃO PAULO, 8 de abril de 2010 - Embora o investimento em imóveis para locação no Brasil esteja se destacando, cada vez mais, como um negócio atrativo, o mercado de locações ainda tem muito a avançar se comparado ao de outros países. Segundo especialistas, o sonho da casa própria está tão enraizado culturalmente que a locação acaba ficando em segundo plano. "Aqui a locação é vista como alternativa menos desejada de moradia. Em outros países, como Alemanha, Holanda e Ástria, é justamente o contrário", afirma o vice-presidente do Secovi-RJ (Sindicato da Habitação), Leonardo Schneider.

Em um ranking que mede o percentual de imóveis alugados em relação aos ocupados, o Brasil está na 18ª posição entre 20 países, com 16,56% (9,5 milhões de unidades) à frente somente da Grécia (16%) e Espanha (15%). No lado oposto, a Alemanha tem 57%, a Holanda 47% e a Áustria 46%. Os dados são do Ministério da Fazenda.

No Brasil, o campeão em número de imóveis alugados é o Distrito Federal, segundo levantamento do IBGE, com 28,25%, taxa que supera o índice italiano (25%) e fica apenas um pouco abaixo do belga (29%). Em seguida vêm Goiás, estado onde 23,43% dos imóveis residenciais são alugados, São Paulo (20,02%), Mato Grosso do Sul (19,14%) e Rio de Janeiro (17,60%).

Diante desses dados, é fácil constatar que investir em imóveis para locação tem sido, sim, uma boa alternativa. O presidente do Secovi-RJ, Pedro Wähmann, reforça a importância socioeconômica da locação. "Nós enxergamos essa modalidade como um viés de moradia digna", afirmou, acrescentando que há quase três anos é percebido uma crescente falta de imóveis para locação. "Estamos levando o tema frequentemente para ser discutido junto ao Executivo e ao Legislativo visando à criação de medidas de estímulo e incentivo para beneficiar também os administradores, que estão no final da cadeia produtiva", enfatiza.

(Redação - Agência IN)