Na comparação anual, quando a economia ainda atravessava a crise, a oscilação é de 44,7%. O ISE varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Acima de 100 pontos o indicador é considerado otimista.
Segundo economistas, a alta deste mês foi influenciada, principalmente, pela visão que os economistas têm da situação futura, que se elevou 6,7%, atingindo 118,1 pontos, enquanto a avaliação da conjuntura atual permaneceu praticamente estável, com 99,3 pontos (+0,4%). Dos nove itens analisados para a medição do indicador, seis estão no patamar otimista, sendo que dois deles contribuíram para a expectativa otimista dos economistas quanto ao futuro: taxa de câmbio e nível de emprego.
O item taxa de câmbio (107,8 pontos, alta de 47%), que influenciou negativamente o ISE em janeiro, foi o principal impulsionador do índice em fevereiro. "Apesar da melhora marginal do câmbio em fevereiro na comparação com janeiro, a análise dos economistas é de que a cotação ainda está inadequada, mas deverá se ajustar no prazo de um ano", explica Guilherme Dietze, economista da Fecomercio.
O nível de emprego (149,9 pontos, aumento de 10,9%) também foi outro destaque positivo do ISE em fevereiro. A percepção é de que há uma melhora no emprego tanto na situação atual (140,7) quanto para daqui a um ano (159,2). "Essa redução pode ser encarada pelo receio dos economistas em relação à inflação mais acelerada neste início de ano, o que pode impactar o poder de compra das famílias", avalia Dietze.
Apesar da queda de 11,2%, o item cenário internacional (140,6) ainda permanece na escala de otimismo. Essa redução do índice pode ser consequência do cenário negativo de algumas economias da Europa, com destaque para Grécia, Espanha e Portugal, que enfrentam problemas na gestão pública com déficits e endividamento de governo.
Os demais itens tiveram participações mais tímidas no ISE de fevereiro, mas de qualquer forma permaneceram no patamar acima dos 100 pontos: oferta de crédito ao consumidor (131,5 pontos, 3,1%), e nível de atividade interna - PIB (174,2 pontos, 0,7%). Este último, apesar de ficar praticamente estável, se encontra no patamar mais elevado dos itens pesquisados.
Pelo lado pessimista do ISE continuam os mesmos itens que vêm influenciando negativamente o índice geral nos últimos meses: taxa de juro (68,7 pontos, 1,1%); taxa de inflação (60,7 pontos, -12,1%) e gastos públicos (25,5 pontos, 53,3%). Dentre estes, o único que teve queda em fevereiro foi a taxa de inflação. Tanto na atual conjuntura (52,pontos) quanto para daqui a um ano (69,4), os economistas esperam aumento da inflação.
(Redação - Agência IN)