Segundo analistas, o tom de pessimismo é mantido diante dos riscos de que economias ainda fragilizadas sejam prejudicadas pelo fim dos estímulos fiscais e um cenário de crescente déficit fiscal e da necessidade de ajustá-los. Dados contraditórios sobre a economia norte-americana reforçaram o tom de cautela.
Nos EUA, foi divulgado que a taxa de desemprego recuou de 10% para 9,7% em janeiro deste ano - resultado melhor do que o esperado - o que chegou a trazer otimismo aos negócios. Porém, o movimento não se sustentou diante da informação de que foram cortados 20 mil postos de trabalho no mês passado, enquanto economistas esperavam a criação de vagas.
Na visão de Sidnei Nehme, diretor executivo da NGO corretora, o ponto de equilíbrio do dólar está em torno de R$ 1,85 e pressionado por fatores pontuais aproxima-se de R$ 1,90. "No entanto, não estamos na corrente que vê o preço da moeda norte-americana extrapolando os R$ 1,90 e caminhando para R$ 2,00, pois não há razões plausíveis para tanto no momento, salvo ocorrências relevantes considerados como fato novo, como um "default" de país europeu ou algo com esta intensidade", comenta.
(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)