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Corrida por segurança leva dólar a R$ 1,882

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SÃO PAULO, 4 de fevereiro de 2010 - O aumento da aversão a risco por parte investidores no mundo todo contaminou os negócios nesta quinta-feira, trazendo um dia de perdas aos mercados. As principais bolsas mundiais operaram no vermelho, o dólar disparou e os rendimentos dos treasuries norte-americanos - que representam o principal instrumento de proteção em momentos de pânico - tiveram uma forte queda. Por aqui, o dólar fechou em alta de 2,06%, vendido a R$ 1,882, enquanto o risco-Brasil subiu aos 238 pontos.

Além das preocupações constantes com a situação fiscal de países europeus periféricos como Grécia, Espanha e Portugal, o temor com a economia norte-americana em relação ao emprego e resultados corporativos reforçou o tom pessimista dos negócios.

Foi divulgado que os pedidos semanais por seguro-desemprego nos EUA subiu inesperadamente em 8 mil na última semana, para 480 mil solicitações. Nas últimas quatro semanas, o índice apresentou crescimento de 11,750 mil. Já o índice trimestral que mede a produtividade da mão-de-obra da economia norte-americana aumentou 6,2% na taxa anual verificada no quarto trimestre de 2009. O mesmo relatório também informou que os custos com mão-de-obra caíram 4,4% entre os meses de outubro e dezembro de 2009, em relação à queda de 1,5% no trimestre anterior. Os analistas esperavam queda da produtividade de 6,5% e de 2,5% nos custos.

Na visão da economista-chefe da ICAP Brasil, Inês Filipa, a recuperação das principais economias desenvolvidas segue muito fragilizada. "Os países estão precisando dos incentivos fiscais do governo, que neste momento já usou de todas as suas armas disponíveis, tendo agora que impor um rigoroso plano fiscal, o que pode comprometer a retomada de algumas economias importantes", avalia.

Mantendo a rotina, o BC comprou dólares no mercado à vista

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)