Em meio à tradicional disputa pela formação da Ptax (média oficial), o dólar oscilou entre R$ 1,859 e R$ 1,888 até fechar vendido a R$ 1,885, com valorização de 0,91%, emendando a nona sessão consecutiva de ganhos - a maior desde setembro de 2008, auge da crise financeira global. No período, a moeda norte-americana acumula 6,6% de ganhos sobre o real.
No quarto trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos avançou 5,7% em relação ao trimestre anterior. Porém, o resultado do ano todo mostrou retração de 2,4% nas riquezas do país, sendo o pior cifra para um ano fechado desde 1946.
Além do PIB, foi divulgado que o índice que mede os gastos dos consumidores (PCE, na sigla em inglês) sofreu acréscimo de 2% no quarto trimestre de 2009, contrastando com uma alta de 2,8% no trimestre anterior. Já a confiança do consumidor norte-americano marcou 74,4 pontos neste mês, surpreendendo positivamente o mercado, que esperava 73 pontos.
Segundo analistas, além da disputa pela Ptax, a crescente preocupação com a situação fiscal dos países europeus, com a habilidade da Grécia em colocar suas finanças em ordem e com o risco de seus problemas de dívida soberana contaminarem Portugal ou outro lugar na zona do euro fragilizam a moeda única. A situação se agravou ainda mais depois que a agência de rating Standard & Poor's disse que não mais classifica o sistema bancário do Reino Unido entre os mais estáveis de baixo risco do globo.
Diante deste cenário, os investidores fogem das moedas com yield (taxa de retorno) e partiram em busca de aplicações mais seguras, como o dólar, por exemplo.
(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)