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Investidor compra dólares e moeda sobe

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SÃO PAULO, 12 de janeiro de 2010 - Os mercados mundiais operaram na defensiva nesta terça-feira, pressionado pelos números desfavoráveis da Alcoa e pelos sinais de mudança na política monetária chinesa. Depois de flutuar entre R$ 1,739 e R$ 1,749, o dólar fechou em alta de 0,69%, vendido a R$ 1,749, com os investidores mais propensos às compras.

Segundo analistas, o resultado da Alcoa não foi uma boa estréia para a temporada de balanços dos Estados Unidos, tão esperada pelos investidores, que ansiavam por colecionar novas munições para dar suporte à trajetória otimista dos mercados. A gigante do alumínio reportou prejuízo líquido de US$ 277 milhões (US$ 0,28 por ação) no quarto trimestre de 2009.

Somado à isso, a economia da China, esperança como motor da retomada econômica global, elevou surpreendentemente os juros no mercado interbancário, indicando que a maior preocupação do governo, neste momento, é com a inflação. O governo chinês vendeu 20 bilhões de iuanes em títulos de um ano a 1,8434%, após manter o yield do papel inalterado em 1,7605% desde 11 de agosto.

Segundo Miriam Tavares, diretora de câmbio da AGK corretora, ao longo da semana, no mercado de moedas, o euro deve seguir no intervalo de US$ 1,42 a US$ 1,45, enquanto o real deve continuar entre os R$ 1,72 a R$ 1,75. Ante o real, a possibilidade de novas ações por parte do governo, via compra de dólares para o Fundo Soberano Nacional, se os ingressos estiverem volumosos, também continua ajudando a sustentar a cotação neste intervalo de oscilação. Mantendo a rotina, o Banco Central comprou dólares no mercado à vista.

(Simone e Silva Bernardino - Agência IN)