Sem indicadores internos de peso, as atenções dos agentes financeiros mantiveram-se voltadas ao cenário norte-americano. Logo após a abertura dos negócios na BM&FBovespa, foi divulgada a segunda prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, com estimativa de crescimento de 2,8% no terceiro trimestre deste ano. Apesar do indicador ter vindo em linha com o previsto pelo mercado, veio abaixo da estimativa anterior (3,5%). O dado impulsionou o movimento vendedor na bolsa brasileira.
Além disso, O índice que mede os gastos dos consumidores (PCE, na sigla em inglês) sofreu acréscimo de 2,9% no terceiro trimestre de 2009, contrastando com queda de 0,9% no segundo trimestre. Mesmo com a alta do indicador, o dado foi visto com pessimismo, já que veio abaixo do projetado pelo mercado. "O consumo mostra a realidade da economia. Tudo está atrelado ao indicador, por exemplo, o desemprego. O desemprego só vai diminuir, quando o consumo subir", explicou Além.
Com a divulgação dos indicadores ruins, a publicação da confiança do consumidor, que veio melhor que o esperado, alcançando 49,5 pontos em novembro, ante 48,7 pontos no mês anterior, perdeu força, não sendo suficiente para levar ânimo aos investidores. Entretanto, a divulgação da esperada ata do Fed, próximo ao final da sessão, disseminou otimismo entre os investidores. "O documento veio bem melhor que o esperado pelos economistas. A estimativa de crescimento econômico para 2010 melhorou, assim como as perspectivas de inflação e desemprego. Em meio às previsões, o mercado mudou a mão."
De acordo com a ata Banco Central norte-americano, os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) estimam que a economia crescerá entre 2,5% e 3,5% em 2010, ante previsão de crescimento entre 2,1% e 3,3%. Para 2009, a expansão esperada está na faixa entre -0,4% e -0,1%.
Dentre as maiores altas do Ibovespa na sessão de hoje, destaque para as ações ordinárias da Fibria, a companhia fechou o dia com alta de 4,86%, vendida a R$ 29,15. As ações da Duratex também estão entre as mais valorizadas, com alta de 4,21%, a R$ 14,59. No sentido oposto, Gafisa (ON) recuou 3,55%, para R$ 20,58.
(Carina Urbanin - Agência IN)